Da RedaçãoAgência ParáO estudante Andrei Lobo, de 13 anos, foi atraido pelo ônibus-biblioteca no Mutirão da Cidadania, em Ananindeua: "sempre gostei de ler"
O serviço de corte de cabelo foi um dos mais procurados pelos moradores da comunidade do Paar e Curaçambá,
em Ananindeua, no Mutirão da CidadaniaServiço médico-odontológico foi oferecido à comunidade do Curuçambá-Paar, durante o Mutirão da Cidadania, promovido pelo governo do Pará
A comunidade do bairro do Curuçambá-Paar, em Ananindeua, teve a oportunidade de desfrutar de diversos serviços de maneira rápida, fácil e gratuita, na manhã desta sexta-feira, 30. O governo estadual, através da Casa Civil, levou ao local a 7ª edição do Mutirão da Cidadania, uma ação que visa facilitar o atendimento às necessidades básicas da população. O mutirão, que aconteceu na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Alberto Gaudêncio Ramos, contou com a parceria de 40 órgãos públicos, cerca de 500 servidores e outros 100 voluntários, alguns da própria comunidade.
Entre os serviços oferecidos estão: atendimento clínico e odontológico, farmácia popular, clínica pediátrica, exames rápidos de colesterol e glicemia, exame preventivo de câncer de colo de útero (PCCU), doação de óculos, emissão de documentos, oficinas educativas e de nutrição, cortes de cabelo, orientação jurídica, doação de sangue e diversos outros.
O mutirão já foi levado aos bairros do Guamá, Barreiro, Condor, Pratinha, Jurunas e Centro, em Belém, reunindo até 4.000 pessoas em cada uma das edições. "Vimos a necessidade de levar serviços mais imediatos a essas áreas mais carentes. É uma forma de o governo chegar mais perto da população", afirmou a coordenadora do evento, Keyla Negrão. O atendimento é oferecido de acordo com as demandas de cada bairro e, para isso, são realizadas audiências públicas com a comunidade. A coordenadora ressalta que os serviços mais solicitados são os de saúde e emissão de documentos.
Foi o caso do comerciante Alan Sales, de 28 anos. Ele procurou o mutirão para tirar a segunda via de seu documento de identidade. "A vantagem que se tem é que é mais próximo de casa. Se fosse pelas vias normais, teria gastos com ônibus", disse ele, que não precisou pagar nada pelo documento. Somente este serviço, oferecido pela Polícia Civil, atende cerca de 400 pessoas em cada mutirão.
A jovem Luana Rosário, de 16 anos, foi uma das voluntárias da ação. "Eu gosto de ajudar, acho muito bom", disse a estudante, que também pôde ajudar a própria mãe, beneficiada com a doação de óculos. "O dela estava muito caro, uma base de 500 reais. Fiquei muito feliz por ela ter conseguido de graça", afirmou. Muitas crianças foram atraídas pelo ônibus-biblioteca da Biblioteca Estadual Arthur Vianna. Um deles era Andrei Lobo, 13 anos. "Sempre gostei de ler, livros, revistas, histórias em quadrinhos, qualquer coisa. Quero ser professor de ciências", disse o estudante da 5ª série do ensino fundamental.
No espaço de atendimento pediátrico da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), a dona-de-casa Jaqueline de Oliveria estava com a filha Jayane, de apenas 2 anos. "Ela estava com uma virose, tosse e febre. A gente tem plano de saúde, mas teria que esperar um mês para uma consulta. Graças a Deus aqui fui bem atendida", revela a mãe.
