sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Alckmin joga no lixo maquete que Cerra inaugurou
O Estadão é o mais despudorado do PiG (*), segundo notável trabalho de Maria Inês Nassif, que estudou “o papel sujo do PiG na eleição de 2002, sempre a serviço do Cerra e dos bancos”.
O Estadão partiu dessa para melhor – o Estadão não noticia fatos.
O Estadão editorializa fatos.
O Estadão não trabalha com fatos.
A matéria prima do Estadão é celulose e opinião – o Golpe.
No mesmo trabalho, Nassif mostra que a Folha (**) é especialista em “sensacionalização da declaração” – desde que em beneficio do Cerra ou dos bancos.
Hoje, diz o Estadão, escondido num obscuro caderno “Metrópole”: “Alckmin congela R$ 3,6 bi em obras (do Cerra – PHA), incluindo a duplicação da Tamoios”.
Quer dizer, enquanto a JK de saias, a presidenta pisa no acelerador e vai gastar R$ 40 bi só no PAC – II, os tucanos de São Paulo andam pra trás.
Se somar o PAC I ao PAC II, a presidenta vai ter uma obra para inaugurar toda terça-feira.
A duplicação da rodovia dos Tamoios o próprio Alckmin prometeu na campanha eleitoral.
O mais interessante, porém, amigo navegante, é o destino que Alckmin deu à ponte Santos-Guarujá: a lata do lixo.
O projeto foi anunciado há 47 anos, confessa o Estadão.
Apesar disso, em março do ano passado, o Padim Pade Cerra produziu um marco na história do marketing eleitoral (em que ele e o Gonzalez são especialistas): inaugurou uma maquete.
A maquete da ponte.
Alckmin dá a Cerra o que recebeu de Cerra.
A “reavaliação de contratos e prioridades”.
Ou seja, o Alckmin vai tirar o Paulo Preto das costas dele.
Toma que o Paulo Preto é teu (e do Aloysio 300 mil).
Quando tomou posse, o Governador Cerra (que não fez uma obra de cimento e tijolo em todo o Governo) anunciou que ia rever os contratos e as prioridades do antecessor, o Alckmin.
Quem com tucano fere, com tucano será ferido.
A presidenta poderia aproveitar o embalo e cancelar a obra daquele cano que o Cerra ia construir de Sergipe ao Ceará.
Amigo navegante, não fosse o PiG (*), esse tucanos de São Paulo não passavam de Resende.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Fonte: http://www.conversaafiada.com.br/categorias/politica/
A resistência africana é um dos grandes temas do FSM.
A resistência africana é o grande tema do Fórum Social Mundial de 2011, que acontece em Dacar, no Senegal. Assim definiu um de seus organizadores, o marroquino Hamouda Soubhi, do Fórum Social de Maghreb. “Escravidão, diáspora e imigração, entre outros temas, serão fortes nesta edição do FSM, assim como em Belém (AM), o principal era a Amazônia”, diz.
Por Adriana Delorenzo, de Dacar
A resistência africana é o grande tema do Fórum Social Mundial de 2011, que acontece em Dacar, no Senegal. Assim definiu um de seus organizadores, o marroquino Hamouda Soubhi, do Fórum Social de Maghreb. “Escravidão, diáspora e imigração, entre outros temas, serão fortes nesta edição do FSM, assim como em Belém (AM), o principal era a Amazônia”, diz.
O FSM será realizado do dia 6 a 11 de fevereiro, na Universidade Cheikh Anta Diop, a maior universidade pública da África Ocidental. Mas antes do fórum começar, acontecem diversos encontros paralelos. Do dia 2 a 5, por exemplo, acontece a assembléia que vai elaborar a Carta Mundial dos Migrantes, na Ilha de Gorée, próxima à Dacar. Até o século 19, a ilha funcionou como um dos maiores centros de comércio de escravos africanos. Durante o Fórum, o dia 7 será dedicado à África e à diáspora.
Este é o segundo FSM que acontece no continente. Em 2007, Nairóbi, no Quênia, recebeu cerca de 50 mil participantes. O mesmo número é esperado nesta edição. Segundo Soubhi, há uma grande mobilização e participação de organizações e sociedade civil do Senegal. Nas ruas, em geral, os habitantes de Dacar estão por dentro do evento que a cidade receberá.
“Há uma forte mobilização regional, com pessoas vindo, em caravana, de Camarão, Nigéria, Marrocos, Mauritânia, Benin, Burkina Fasso”, relata Soubhi. O processo do FSM vem crescendo no continente. Somente antes de Dacar, Soubhi informa que foram realizados 10 fóruns africanos. “O FSM passou a fazer parte da agenda dos militantes e ativistas daqui.”
Na opinião da coordenadora do Ibase e integrante do Grupo de Reflexão e Apoio ao Processo FSM, Moema Miranda, também uma das organizadoras, este FSM acontecer na África é de extrema relevância. “Tem a ver com pensar o modelo de desenvolvimento a partir de um dos continentes que mais sofrem as conseqüências do atual modelo, não só do neoliberalismo, mas de toda a lógica consumista, privatista, que orienta o crescimento do capitalismo”, explica. “Estar no norte da África neste momento é importante para a dinâmica do processo do Fórum, mas também abre uma enorme possibilidade de um diálogo com o universo islâmico.” No Senegal, em torno de 90% da população é muçulmana.
Ações concretas
O FSM 2011 terá os dois últimos dias destinados a assembléias de convergência de ação. Até o momento, 38 já estão inscritas. Soubhi diz que essa era uma demanda dos participantes que se perguntavam por que ir ao fórum se ele não propunha ações concretas. “Mas esse é o modelo do FSM, é se encontrar, discutir, criar redes, criar consensos, encontrar soluções e alternativas”, afirma.
Em Belém, em 2009, já foram realizadas assembléias. Mas, agora, em Dacar, serão dois dias só para essas atividades. “Demos um passo para garantir um espaço mais privilegiado para esses momentos de articulação e de conexão, com vistas à ação”, explica Moema.
Ações para o encontro Rio + 20, que acontecerá em 2012, no Rio de Janeiro, e qual informação é necessária para outro mundo possível estão entre os temas das assembléias já cadastradas. “Esperamos que de fato esse seja um momento importante de encontro e articulação da sociedade civil planetária, um espaço importante para as lutas que encontram no Fórum um espaço de articulação e avanço”, diz Moema.
O processo deve continuar. Esse é o espírito do FSM. Para 2013, segundo a organização, há muitas possibilidades abertas. É possível que entre maio e junho deste ano, o Conselho Internacional defina o local do próximo evento. Uma das cidades que pode sediar o próximo evento é Porto Alegre, já que com a conquista do governo estadual por Tarso Genro cria novas perspectivas altermundistas no ambiente gaúcho.
Gasto social com educação é o que mais eleva o PIB
Segundo estudo do IPEA, que usou como base dados de 2006, cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB, e o mesmo valor investido na saúde gera R$ 1,70. Foram considerados os gastos públicos assumidos pela União, pelos estados e municípios. Quando se calcula o tipo de gasto social que tem o maior efeito multiplicador na renda das famílias, em primeiro lugar aparece o Bolsa Família. Para cada R$ 1 incluído no programa, a renda das famílias se eleva 2,25%. Gastos sociais fizeram o PIB brasileiro crescer 7% entre 2004 e 2008.
IPEA
Em seu Comunicado nº 75, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela a importância que os gastos sociais adquiriram no Brasil para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a redução das desigualdades. Segundo o estudo, que usou como base dados de 2006, cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB, e o mesmo valor investido na saúde gera R$ 1,70. Foram considerados os gastos públicos assumidos pela União, pelos estados e municípios.
Os chamados gastos sociais fizeram o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescer 7% entre os anos de 2004 e 2008, segundo o estudo "Gasto com a Política Social: Alavanca para o Crescimento com Distribuição de Renda" produzido pelo Ipea e divulgado quinta-feira. Durante o período, o PIB do País teve avanço real de 27%, segundo o instituto.
Ao comparar tipos diferentes de gasto social, o Comunicado concluiu que aquele destinado à educação é o que mais contribui para o crescimento do PIB, haja vista a quantidade de atores envolvidos nesse setor e os efeitos da educação sobre setores-chave da economia. “O gasto na educação não gera apenas conhecimento. Gera economia, já que ao pagar salário a professores aumenta-se o consumo, as vendas, os valores adicionados, salários, lucros, juros”, explicou o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão.
Abrahão apresentou o estudo ao lado de Joana Mostafa, técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea. Por sua vez, quando se calcula o tipo de gasto social que tem o maior efeito multiplicador na renda das famílias, em primeiro lugar aparece o Programa Bolsa Família (PBF). Para cada R$ 1 incluído no programa, a renda das famílias se eleva 2,25%. “A título de comparação, o gasto de R$ 1 com juros sobre a dívida pública gerará apenas R$ 0,71 de PIB e 1,34% de acréscimo na renda das famílias”, acrescenta o Comunicado, intitulado Gastos com política social: alavanca para o crescimento com distribuição de renda.
O texto afirma ainda que 56% dos gastos sociais retornam ao Tesouro na forma de tributos. “O gasto social não é neutro. Ele propicia crescimento com distribuição de renda. Ele foi muito importante para o Brasil superar a crise de 2008. Esse gasto tem uma grande importância como alavanca do desenvolvimento econômico e, logicamente, do bem-estar social”, concluiu Abrahão.
A íntegra do Comunicado n° 75
Os chamados gastos sociais fizeram o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescer 7% entre os anos de 2004 e 2008, segundo o estudo "Gasto com a Política Social: Alavanca para o Crescimento com Distribuição de Renda" produzido pelo Ipea e divulgado quinta-feira. Durante o período, o PIB do País teve avanço real de 27%, segundo o instituto.
Ao comparar tipos diferentes de gasto social, o Comunicado concluiu que aquele destinado à educação é o que mais contribui para o crescimento do PIB, haja vista a quantidade de atores envolvidos nesse setor e os efeitos da educação sobre setores-chave da economia. “O gasto na educação não gera apenas conhecimento. Gera economia, já que ao pagar salário a professores aumenta-se o consumo, as vendas, os valores adicionados, salários, lucros, juros”, explicou o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão.
Abrahão apresentou o estudo ao lado de Joana Mostafa, técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea. Por sua vez, quando se calcula o tipo de gasto social que tem o maior efeito multiplicador na renda das famílias, em primeiro lugar aparece o Programa Bolsa Família (PBF). Para cada R$ 1 incluído no programa, a renda das famílias se eleva 2,25%. “A título de comparação, o gasto de R$ 1 com juros sobre a dívida pública gerará apenas R$ 0,71 de PIB e 1,34% de acréscimo na renda das famílias”, acrescenta o Comunicado, intitulado Gastos com política social: alavanca para o crescimento com distribuição de renda.
O texto afirma ainda que 56% dos gastos sociais retornam ao Tesouro na forma de tributos. “O gasto social não é neutro. Ele propicia crescimento com distribuição de renda. Ele foi muito importante para o Brasil superar a crise de 2008. Esse gasto tem uma grande importância como alavanca do desenvolvimento econômico e, logicamente, do bem-estar social”, concluiu Abrahão.
A íntegra do Comunicado n° 75
Comemoração dos 31 anos de fundação do PT
Diretórios municipais, Estadual e as regionais já estão organizando a programação para a comemoração dos 31 anos do Partido dos Trabalhadores, que acontece neste mês de fevereiro. Cada instância partidária tem uma programação especifica que poderá conciliar com ato político e eventos festivos. Em breve será divulgado o calendário de aniversário e as várias formas de comemorações realizadas.
Presidente de honra – Durante a programação que acontece em Brasília, no dia 10 de fevereiro próximo, a direção nacional do Partido dos Trabalhadores irá restituir Luís Inácio Lula da Silva a presidência de honra do PT.
Fundado em 10 de fevereiro de 1980, o Partido dos Trabalhadores, surgiu da necessidade sentida por milhões de brasileiros e brasileiras em intervir na vida social e política do país para transformá-la, conforme o texto apresentado pelo Manifesto aprovado naquele mesmo ano.
Fonte: http://www.pt-para.org.br/
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
O legado de uma ditadura: "Isso é obra de Mubarak"
A luta ao meu redor na praça Tahrir era tão terrível que podíamos sentir o cheiro do sangue. Os homens e mulheres que estão exigindo o fim da ditadura de 30 anos de Mubarak – vi jovens mulheres arrancando pedras do pavimento enquanto caíam rochas ao seu redor – lutavam com imensa coragem que, mais tarde, se converteu em uma crueldade terrível. Ao final, o governo informou que houve 3 mortos e 637 feridos; segundo a cadeia Al Jazeera os feridos chegavam a 1500. “Isso é obra de Mubarak”, disse-me um atirador de pedras ferido. “Ele conseguiu que os egípcios se voltassem uns contra os outros por apenas nove meses mais de poder. Está louco. Vocês do Ocidente também estão loucos?”
O artigo é de Robert Fisk.
A contra revolução do presidente Hosni Mubarak entrou em choque ontem com seus oponentes em meio a uma chuva de pedras, paus e barras de ferro, em uma batalha que durou todo o dia no centro da capital que ele afirma governar entre dezenas de milhares de jovens que – e aqui está a mais perigosa das armas – brandiam a bandeira do Egito no rosto de seus adversários.
A luta ao meu redor na praça Tahrir era tão terrível que podíamos sentir o cheiro do sangue. Os homens e mulheres que estão exigindo o fim da ditadura de 30 anos de Mubarak – vi jovens mulheres arrancando pedras do pavimento enquanto caíam rochas ao seu redor – lutavam com imensa coragem que, mais tarde, se converteu em uma crueldade terrível. Ao final, o governo informou que houve 3 mortos e 637 feridos; segundo a cadeia Al Jazeera os feridos chegavam a 1500.
Alguns arrastavam homens de segurança de Mubarak pela praça, golpeando-os até que o sangue saído de suas cabeças tingisse sua roupa. O Terceiro Exército egípcio, famoso por cruzar o Canal de Suez em 1973, não pode – ou não quis – sequer cruzar a praça Tahrir para ajudar os feridos. Milhares de egípcios gritavam – e isso é o mais próximo de uma guerra civil –, lançavam-se uns contra os outros como lutadores romanos, e simplesmente empurraram as unidades de paraquedistas que “vigiavam” a praça para cima de seus tanques e veículos blindados que logo acabaram sendo usados como escudo de proteção.
Um comandante de tanque Abrams – e eu estava somente a três metros dele – simplesmente se esquivou das pedras que ricocheteavam no tanque, saltou para dentro do veículo e fechou a escotilha. Os partidários de Mubarak subiram então no tanque para atirar mais pedras contra seus jovens e enlouquecidos antagonistas.
Suponho que é o mesmo em todas as batalhas, ainda que (ainda) não tenham aparecido as armas; o abuso de ambos os lados provocou uma chuva de pedras dos homens de Mubarak – sim, eles começaram – e logo os manifestantes que tomaram a praça para pedir a saída do ancião começaram a quebrar o pavimento e atirar as pedras de volta.
Quando cheguei à “linha de frente”, ambos os bandos estavam gritando e atacando-se entre si, o sangue corria por seus rostos. Em um certo momento, antes que passasse o choque do ataque, os partidários de Mubarak quase cruzaram toda a praça em frente ao monstruoso edifício Mugamma – uma relíquia do esforço nasserista – antes de serem rechaçados.
Agora que os egípcios estão lutando contra os egípcios, como devemos chamar a esta gente perigosamente furiosa? Os mubarakistas? Os “manifestantes” ou, de maneira mais inquietante, a “resistência”? Por que é assim que se chamam a si mesmos os homens e mulheres que estão lutando para derrotar Mubarak. “Isso é obra de Mubarak”, disse-me um atirador de pedras ferido. “Ele conseguiu que os egípcios se voltassem uns contra os outros por apenas nove meses mais de poder. Está louco. Vocês do Ocidente também estão loucos?”
Não recordo como respondi a pergunta. Mas como poderia me esquecer de ter visto, umas poucas horas antes, o “especialista” em Oriente Médio, Mitt Romney, ex-governador de Massachusetts, responder a pergunta “Mubarak é um ditador”, da seguinte forma: “Não, é uma figura de estilo monárquico”.
A imagem do rosto deste monarca era levada em cartazes gigantes, uma provocação impressa, para as barricadas. Distribuídos pelos funcionários do Partido Nacional Democrático (PND), muitos eram levados por homens que portavam distintivos e cassetetes da polícia. Não havia dúvida sobre isso porque eu tinha dirigido desde o deserto até o Cairo, enquanto eles se organizavam em frente ao Ministério do Exterior e do edifício da rádio estatal, na margem oeste do Nilo. Havia alto falantes ligados com canções e chamados de vida eterna para Mubarak (uma presidência muito longa, por certo) e muitos estavam sentados em novas motocicletas, como se estivessem inspirados nos capangas de Mahmud Ahmadinejad depois das eleições iranianas de 2009.
Só quando passei o edifício da rádio é que vi milhares de jovens homens entrando desde os subúrbios do Cairo. Havia mulheres também, a maioria vestia o tradicional traje negro; algumas poucas crianças entre elas, caminhando por trás do Museu Egípcio. Disseram-me eu tinham tanto direito a estar na praça Tahrir como os manifestantes e que tentavam expressar seu amor por seu presidente no lugar onde ele havia sido tão profanado.
E tinham razão, suponho. Os democratas – ou a “resistência”, dependendo do ponto de vista – tinham expulsado os homens das forças de segurança desta mesma praça na semana passada. O problema é que os homens de Mubarak incluem alguns dos mesmos capangas que eu vi então, quando estavam trabalhando com a polícia de segurança armada para atacar os manifestantes. Um deles, um jovem de camisa amarela, cabelo revolto e olhos brilhantes avermelhados, levava a mesma barra de ferro que usava na semana passada. Uma vez mais, os defensores de Mubarak estavam de volta. Até cantavam o mesmo velho refrão: “Com nosso sangue, com nossa alma, a vós nos dedicamos”.
Caminhei ao lado das fileiras de Mubarak e cheguei à frente quando eles começaram outro ataque à praça Tahrir. O céu estava cheio de pedras. Estou falando de pedras de 15 centímetros de diâmetros, que golpeavam o terreno como peças de morteiro. Deste lado da “linha” chegavam os opositores de Mubarak. Eles se dividam e golpeavam as paredes ao nosso redor. Neste ponto, os homens do governo voltaram e correram em estado de pânico enquanto os opositores do presidente os empurravam para frente. Fiquei parado de costas para a janela de uma agência de viagens fechada – lembro um cartaz para um fim de semana romântico em Luxor e no “Vale das Tumbas”. Mas as pedras caíam como chuva, centenas delas ao mesmo tempo, e logo um novo grupo de homens estava ao meu lado, eram os manifestantes egípcios da praça. Mas em sua fúria já não gritavam “Abaixo Mubarak” e “Mubarak Negro”, mas sim “Alá Akbar” – Deus é grande –, grito que escutei seguidamente a medida que o dia avançava.
Um lado gritava Mubarak, o outro Deus. Não tinha sido assim 24 horas antes. Dirige-me para um terreno mais seguro, onde as pedras já não estouravam e fique entre os opositores de Mubarak.
Seria exagerado dizer que as pedras obscureceram o céu, mas por momentos havia centenas de pedras voando pelo céu. Destroçaram totalmente um caminhão do exército, quebrando as janelas e suas laterais. As pedras partiam das ruas paralelas à rua Campollion e de Talaat Harb. Os homens estavam suando, com faixas ensaguentadas na cabeça, gritando seu ódio. Muitos traziam trapos brancos nos ferimentos. Alguns eram levados derramando sangue por toda a rua.
E um incrível número usava o traje islamista, calças curtas, sacolas cinzas, largas barbas e gorros brancos. Gritavam Alá Akbar mais forte e bradavam seu amor a Deus. Sim, Mubarak conseguiu a proeza. Colocou os salafistas contra ele, junto a seus inimigos políticos. Volta e meia agarravam alguns jovens, tinham os rostos inchados de socos e gritavam temendo por suas vidas. A documentação encontrada em suas roupas provava que trabalhavam para o Ministério do Interior de Mubarak.
Muitos dos manifestantes – jovens seculares, abrindo caminho entre os atacantes – tratavam de defender os prisioneiros. Outros – e eu vi um monte de “islamistas” entre eles -, davam socos nas cabeças destes pobres homens, usando grandes anéis em seus dedos para cortar a pele e fazer o sangue escorrer por seus rostos. Um jovem, com uma camiseta vermelha rasgada, e o rosto inchado de dor, foi resgatado por dois homens fortes, um dos quais o colocou, quase sem roupa, sobre seu ombro, abrindo caminho entre a multidão.
Assim se salvou a vida de Mohamed Abdul Azim Mabrouk Eid, policial de segurança número 2.101.074, do governo de Gizé – seu passe de segurança era azul com três pirâmides estampadas. Outro homem foi resgatado da multidão enfurecida, agarrando-se o estômago. E por trás de um esquadrão de mulheres, chovia pedras.
Houve momentos de farsa em meio a tudo isso. Na metade da tarde, quatro cavalos montados por partidários de Mubarak entraram na praça, junto com um camelo – sim, um camelo verdadeiro que deve ter sido trazido das pirâmides. Seus jóqueis, aparentemente drogados, estavam caindo. Três horas mais tarde, encontrei os cavalos pastando ao lado de uma árvore. Perto da estátua de Talaat Harb, um menino vendia Agwa – um delicioso pão egípcio -, enquanto do outro lado da rua estavam paradas duas figuras, uma menina e um menino, segurando bandejas de papelão idênticas. A bandeja da menina estava cheia de pacotes de cigarro. A do menino, estava cheia de pedras.
Houve cenas que devem ter provocado dor pessoal e angústia para aqueles que as experimentaram. Havia um homem alto, musculoso, ferido no rosto por uma pedra, cujas pernas se dobravam ao lado de uma cabine de telefone. E o soldado do veículo blindado que deixou que as pedras voassem ao seu lado até que saltou para a rua junto com os inimigos de Mubarak, abraçando-se a eles, enquanto as lágrimas corriam por seu rosto.
Não sei realmente quem ganhou a batalha da praça Tahrir ontem. Ao entardecer, as pedras ainda golpeavam as ruas e as pessoas. Depois de um tempo, comecei a me agachar quando vi passar dois pássaros.
Tradução: Katarina Peixoto
A luta ao meu redor na praça Tahrir era tão terrível que podíamos sentir o cheiro do sangue. Os homens e mulheres que estão exigindo o fim da ditadura de 30 anos de Mubarak – vi jovens mulheres arrancando pedras do pavimento enquanto caíam rochas ao seu redor – lutavam com imensa coragem que, mais tarde, se converteu em uma crueldade terrível. Ao final, o governo informou que houve 3 mortos e 637 feridos; segundo a cadeia Al Jazeera os feridos chegavam a 1500.
Alguns arrastavam homens de segurança de Mubarak pela praça, golpeando-os até que o sangue saído de suas cabeças tingisse sua roupa. O Terceiro Exército egípcio, famoso por cruzar o Canal de Suez em 1973, não pode – ou não quis – sequer cruzar a praça Tahrir para ajudar os feridos. Milhares de egípcios gritavam – e isso é o mais próximo de uma guerra civil –, lançavam-se uns contra os outros como lutadores romanos, e simplesmente empurraram as unidades de paraquedistas que “vigiavam” a praça para cima de seus tanques e veículos blindados que logo acabaram sendo usados como escudo de proteção.
Um comandante de tanque Abrams – e eu estava somente a três metros dele – simplesmente se esquivou das pedras que ricocheteavam no tanque, saltou para dentro do veículo e fechou a escotilha. Os partidários de Mubarak subiram então no tanque para atirar mais pedras contra seus jovens e enlouquecidos antagonistas.
Suponho que é o mesmo em todas as batalhas, ainda que (ainda) não tenham aparecido as armas; o abuso de ambos os lados provocou uma chuva de pedras dos homens de Mubarak – sim, eles começaram – e logo os manifestantes que tomaram a praça para pedir a saída do ancião começaram a quebrar o pavimento e atirar as pedras de volta.
Quando cheguei à “linha de frente”, ambos os bandos estavam gritando e atacando-se entre si, o sangue corria por seus rostos. Em um certo momento, antes que passasse o choque do ataque, os partidários de Mubarak quase cruzaram toda a praça em frente ao monstruoso edifício Mugamma – uma relíquia do esforço nasserista – antes de serem rechaçados.
Agora que os egípcios estão lutando contra os egípcios, como devemos chamar a esta gente perigosamente furiosa? Os mubarakistas? Os “manifestantes” ou, de maneira mais inquietante, a “resistência”? Por que é assim que se chamam a si mesmos os homens e mulheres que estão lutando para derrotar Mubarak. “Isso é obra de Mubarak”, disse-me um atirador de pedras ferido. “Ele conseguiu que os egípcios se voltassem uns contra os outros por apenas nove meses mais de poder. Está louco. Vocês do Ocidente também estão loucos?”
Não recordo como respondi a pergunta. Mas como poderia me esquecer de ter visto, umas poucas horas antes, o “especialista” em Oriente Médio, Mitt Romney, ex-governador de Massachusetts, responder a pergunta “Mubarak é um ditador”, da seguinte forma: “Não, é uma figura de estilo monárquico”.
A imagem do rosto deste monarca era levada em cartazes gigantes, uma provocação impressa, para as barricadas. Distribuídos pelos funcionários do Partido Nacional Democrático (PND), muitos eram levados por homens que portavam distintivos e cassetetes da polícia. Não havia dúvida sobre isso porque eu tinha dirigido desde o deserto até o Cairo, enquanto eles se organizavam em frente ao Ministério do Exterior e do edifício da rádio estatal, na margem oeste do Nilo. Havia alto falantes ligados com canções e chamados de vida eterna para Mubarak (uma presidência muito longa, por certo) e muitos estavam sentados em novas motocicletas, como se estivessem inspirados nos capangas de Mahmud Ahmadinejad depois das eleições iranianas de 2009.
Só quando passei o edifício da rádio é que vi milhares de jovens homens entrando desde os subúrbios do Cairo. Havia mulheres também, a maioria vestia o tradicional traje negro; algumas poucas crianças entre elas, caminhando por trás do Museu Egípcio. Disseram-me eu tinham tanto direito a estar na praça Tahrir como os manifestantes e que tentavam expressar seu amor por seu presidente no lugar onde ele havia sido tão profanado.
E tinham razão, suponho. Os democratas – ou a “resistência”, dependendo do ponto de vista – tinham expulsado os homens das forças de segurança desta mesma praça na semana passada. O problema é que os homens de Mubarak incluem alguns dos mesmos capangas que eu vi então, quando estavam trabalhando com a polícia de segurança armada para atacar os manifestantes. Um deles, um jovem de camisa amarela, cabelo revolto e olhos brilhantes avermelhados, levava a mesma barra de ferro que usava na semana passada. Uma vez mais, os defensores de Mubarak estavam de volta. Até cantavam o mesmo velho refrão: “Com nosso sangue, com nossa alma, a vós nos dedicamos”.
Caminhei ao lado das fileiras de Mubarak e cheguei à frente quando eles começaram outro ataque à praça Tahrir. O céu estava cheio de pedras. Estou falando de pedras de 15 centímetros de diâmetros, que golpeavam o terreno como peças de morteiro. Deste lado da “linha” chegavam os opositores de Mubarak. Eles se dividam e golpeavam as paredes ao nosso redor. Neste ponto, os homens do governo voltaram e correram em estado de pânico enquanto os opositores do presidente os empurravam para frente. Fiquei parado de costas para a janela de uma agência de viagens fechada – lembro um cartaz para um fim de semana romântico em Luxor e no “Vale das Tumbas”. Mas as pedras caíam como chuva, centenas delas ao mesmo tempo, e logo um novo grupo de homens estava ao meu lado, eram os manifestantes egípcios da praça. Mas em sua fúria já não gritavam “Abaixo Mubarak” e “Mubarak Negro”, mas sim “Alá Akbar” – Deus é grande –, grito que escutei seguidamente a medida que o dia avançava.
Um lado gritava Mubarak, o outro Deus. Não tinha sido assim 24 horas antes. Dirige-me para um terreno mais seguro, onde as pedras já não estouravam e fique entre os opositores de Mubarak.
Seria exagerado dizer que as pedras obscureceram o céu, mas por momentos havia centenas de pedras voando pelo céu. Destroçaram totalmente um caminhão do exército, quebrando as janelas e suas laterais. As pedras partiam das ruas paralelas à rua Campollion e de Talaat Harb. Os homens estavam suando, com faixas ensaguentadas na cabeça, gritando seu ódio. Muitos traziam trapos brancos nos ferimentos. Alguns eram levados derramando sangue por toda a rua.
E um incrível número usava o traje islamista, calças curtas, sacolas cinzas, largas barbas e gorros brancos. Gritavam Alá Akbar mais forte e bradavam seu amor a Deus. Sim, Mubarak conseguiu a proeza. Colocou os salafistas contra ele, junto a seus inimigos políticos. Volta e meia agarravam alguns jovens, tinham os rostos inchados de socos e gritavam temendo por suas vidas. A documentação encontrada em suas roupas provava que trabalhavam para o Ministério do Interior de Mubarak.
Muitos dos manifestantes – jovens seculares, abrindo caminho entre os atacantes – tratavam de defender os prisioneiros. Outros – e eu vi um monte de “islamistas” entre eles -, davam socos nas cabeças destes pobres homens, usando grandes anéis em seus dedos para cortar a pele e fazer o sangue escorrer por seus rostos. Um jovem, com uma camiseta vermelha rasgada, e o rosto inchado de dor, foi resgatado por dois homens fortes, um dos quais o colocou, quase sem roupa, sobre seu ombro, abrindo caminho entre a multidão.
Assim se salvou a vida de Mohamed Abdul Azim Mabrouk Eid, policial de segurança número 2.101.074, do governo de Gizé – seu passe de segurança era azul com três pirâmides estampadas. Outro homem foi resgatado da multidão enfurecida, agarrando-se o estômago. E por trás de um esquadrão de mulheres, chovia pedras.
Houve momentos de farsa em meio a tudo isso. Na metade da tarde, quatro cavalos montados por partidários de Mubarak entraram na praça, junto com um camelo – sim, um camelo verdadeiro que deve ter sido trazido das pirâmides. Seus jóqueis, aparentemente drogados, estavam caindo. Três horas mais tarde, encontrei os cavalos pastando ao lado de uma árvore. Perto da estátua de Talaat Harb, um menino vendia Agwa – um delicioso pão egípcio -, enquanto do outro lado da rua estavam paradas duas figuras, uma menina e um menino, segurando bandejas de papelão idênticas. A bandeja da menina estava cheia de pacotes de cigarro. A do menino, estava cheia de pedras.
Houve cenas que devem ter provocado dor pessoal e angústia para aqueles que as experimentaram. Havia um homem alto, musculoso, ferido no rosto por uma pedra, cujas pernas se dobravam ao lado de uma cabine de telefone. E o soldado do veículo blindado que deixou que as pedras voassem ao seu lado até que saltou para a rua junto com os inimigos de Mubarak, abraçando-se a eles, enquanto as lágrimas corriam por seu rosto.
Não sei realmente quem ganhou a batalha da praça Tahrir ontem. Ao entardecer, as pedras ainda golpeavam as ruas e as pessoas. Depois de um tempo, comecei a me agachar quando vi passar dois pássaros.
Tradução: Katarina Peixoto
PT vai comemorar 31 anos de fundação com ato em Brasília
Notícias
/ Institucional
O PT vai marcar a comemoração dos 31 anos de fundação no dia 10 de fevereiro com a realização, em Brasília, de um ato político que contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o dirigente Francisco Campos, responsável pela organização do ato, neste dia haverá uma reunião do Diretório Nacional a partir das 10 horas. Às 15 horas, começará o evento comemorativo.
Segundo o dirigente Francisco Campos, responsável pela organização do ato, neste dia haverá uma reunião do Diretório Nacional a partir das 10 horas. Às 15 horas, começará o evento comemorativo.
"Nesta data, em que iremos comemorar os 31 anos de fundação, teremos a presença dos membros do DN, governadores, ministros, parlamentares e lideranças do partido que participarão do momento em que a direção nacional irá restituir ao companheiro Lula a presidência de honra do partido", informa Campos.
A reunião e o ato serão realizados no Teatro dos Bancários, na Asa Sul (Plano Piloto), que tem capacidade para cerca de 400 pessoas.
Campos alerta para o fato de que a participação do encontro será restrita. "Diante do tamanho do local só terá acesso ao ato somente quem estiver na lista de presença a ser elaborada pelo DN. E também não será realizado nenhum tipo de festa no local, apena o ato", enfatiza ele. (Geraldo Magela - Portal do PT)
Internet: PT pode unir redes sociais e movimentos populares
Notícias
/ Sociedade
Nas últimas eleições, as redes sociais e a participação da militância petista foi decisiva para afirmar apoio e enfrentar aos ataques à candidatura de Dilma Rousseff. É o que afirma Renato Simões, secretário de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT, ao programa TVPT Entrevista. “Não acredito mais em militância política que não lance mão desses instrumentos de comunicação e que isso, seja um avanço importante para a democratização dos meios de comunicação de massa do Brasil”.
Na avaliação do secretário, o Partido dos Trabalhadores pode ser protagonista junto com a militância virtual na integração entre internet e política. “É um momento oportuno pra nós discutirmos de que forma o PT abre e dá sustentação a um espaço de participação dessa militância virtual”.
Renato Simões diz que é necessário capacitar os petistas para usar a internet como meio de interação e debate. “Não só disponibilizar a tecnologia através de politicas públicas avançadas como vem sendo discutido nessa etapa do governo Dilma, mas também para a qualificação das pessoas que estejam, portanto aptas a utilizar dessas tecnologias e de criar em cima dela novas formas de comunicação”. (Julita Kissa – Portal do PT)
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
PT se prepara para novos desafios e vai priorizar juventude e formação.
Secretário nacional de Organização, Paulo Frateschi
Notícias
/ Institucional
Após a vitória nas urnas no ano passado, um novo governo se inicia e o partido se prepara para responder as demandas internas e externas e os novos desafios que se apresentam para 2011 e os próximos anos.
O secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi, em entrevista ao Portal do PT, falou das atividades para 2011. Entre elas, o segundo Encontro Nacional da Juventude e a consolidação da Escola de Formação do PT.
Assim como no ano passado o partido pretende investir na relação com a juventude e na formação política de jovens em todo o País. Segundo Frateschi, essa atividade interna é primordial para o crescimento do partido e da população juvenil. “A juventude se renova muito rápido. Com um partido que está completando 31 anos, o momento nos exige que a gente cuide da questão geracional, da renovação e da formação política. A nossa juventude tem consciência disso e se empenha pra ter cada vez mais uma formação melhor no PT e dar continuidade histórica ao nosso projeto”, explicou.
Durante todo o ano serão realizados seminários, que tem como objetivo familiarizar o militante com diversos aspectos da vida partidária, como as concepções do PT sobre a sociedade e a democracia. Assista na TV PT a íntegra da entrevista com o secretário de Organização do partido, Paulo Frateschi.
A frase é uma parte da entrevista do Paulo Frateschi, o "Paulão", secretário nacional de organização do PT.
Fonte: http://www.pt.org.br/portalpt/
Notícias
/ Institucional
Após a vitória nas urnas no ano passado, um novo governo se inicia e o partido se prepara para responder as demandas internas e externas e os novos desafios que se apresentam para 2011 e os próximos anos.
O secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi, em entrevista ao Portal do PT, falou das atividades para 2011. Entre elas, o segundo Encontro Nacional da Juventude e a consolidação da Escola de Formação do PT.
Assim como no ano passado o partido pretende investir na relação com a juventude e na formação política de jovens em todo o País. Segundo Frateschi, essa atividade interna é primordial para o crescimento do partido e da população juvenil. “A juventude se renova muito rápido. Com um partido que está completando 31 anos, o momento nos exige que a gente cuide da questão geracional, da renovação e da formação política. A nossa juventude tem consciência disso e se empenha pra ter cada vez mais uma formação melhor no PT e dar continuidade histórica ao nosso projeto”, explicou.
Durante todo o ano serão realizados seminários, que tem como objetivo familiarizar o militante com diversos aspectos da vida partidária, como as concepções do PT sobre a sociedade e a democracia. Assista na TV PT a íntegra da entrevista com o secretário de Organização do partido, Paulo Frateschi.
A importância da juventude para o PT.
A juventude se renova muito rápido. Com um partido que está completando 31 anos, o momento nos exige que a gente cuide da questão geracional, da renovação e da formação política. A nossa juventude tem consciência disso e se empenha pra ter cada vez mais uma formação melhor no PT e dar continuidade histórica ao nosso projeto.
A frase é uma parte da entrevista do Paulo Frateschi, o "Paulão", secretário nacional de organização do PT.
Fonte: http://www.pt.org.br/portalpt/
A fome e a carestia acendem a rebeldia no mundo
O aumento no preço dos alimentos que leva à fome, uma das causas das revoltas populares na Tunísia, no Egito e outros países, se deve à especulação financeira e não à falta de terras para cultivar, sustenta Janaina Stronzake, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Por Gustavo Capdevila
O aumento no preço dos alimentos que leva à fome, uma das causas das revoltas populares na Tunísia, no Egito e outros países, se deve à especulação financeira e não à falta de terras para cultivar, sustenta Janaina Stronzake, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A carestia dos artigos de primeira necessidade e a fome são usadas como armas que acabam obrigando as populações a assumirem determinadas condutas, disse Janaina, que além de integrar a coordenação nacional do MST representa a Via Camponesa, uma articulação mundial de movimentos de trabalhadores rurais.
A ativista brasileira falou sobre o papel dos camponeses em momentos de crise alimentar em conversa com a IPS, em um intervalo de sua participação no encontro organizado pela Federação Genebrina de Cooperação, nos dias 29 e 30, nesta cidade da Suíça
IPS: A que atribui esta comoção pelos preços dos alimentos?
JANAINA STRONZAKE: A questão dos preços e da escassez de alimentos, ou da fome, sempre é uma questão complexa, com causas múltiplas e uma série de fatores que têm influência. Atribuir, com se faz, o aumento de preços dos alimentos ao fato de populações da China e da Índia agora estarem se alimentando me parece muito simplista. É como dizer: bem, se estamos pagando mais é culpa de indianos e chineses. E isto não é verdade.
IPS: Faltam alimentos no mundo?
JS: Temos capacidade no mundo para produzir alimentos, e de qualidade, suficiente para todas as pessoas, sem recorrer a tecnologias duvidosas, como são os transgênicos. No Brasil, temos 120 milhões de hectares sem cultivar. Ou seja, para produzir mais não é preciso tirar terra da Amazônia, desequilibrar o meio ambiente nem acabar com as florestas. Só é preciso fazer uma reforma agrária decente, adequada, que assegure condições para que camponeses e camponesas continuem produzindo.
IPS: Então, qual a causa disto tudo?
JS: Um dos fatores fundamentais para o aumento de preços é a especulação financeira, com os alimentos sendo considerados mercadorias e negociados nas bolsas dos mercados e futuros.
IPS: A quem a especulação beneficia?
JS: As multinacionais tiram partido disto, jogam e especulam com a fome das pessoas e obtêm lucro. Para demonstrar issto, basta comparar entre os anos de queda dos preços dos alimentos e os gráficos de lucro das grandes empresas transnacionais. Por exemplo, entre 2004 e 2008, assistimos a uma série de choques, distúrbios, populações atacando supermercados em busca de alimentos e, ao mesmo tempo, alta nos preços da comida. Nesse período, os lucros da Syngenta, que é uma das maiores empresas do setor agrícola mundial, saltaram de US$ 6 bilhões para US$ 11 bilhões. Então, enquanto a fome castiga as populações, as companhias multinacionais embolsam os lucros.
IPS: Como se evidenciam as políticas dessas empresas?
JS: Pela forma como querem estruturar a agricultura, tirando capacidade de produção das pessoas por meio do controle da água, de sementes e da propriedade intelectual dos produtos, além de obter as melhores terras. Também a partir do controle do mercado. Hoje são dez empresas que dominam quase todo o mercado de soja, milho e cana-de-açúcar.
IPS: Como reage o movimento camponês diante dos aumentos de preços dos alimentos?
JS: Com muita preocupação, porque respondem a todo um sistema integrado. O pensador Zygmunt Bauman, de origem polonesa, fala, por exemplo, dos desperdícios humanos. Diz que é como se as pessoas sobrassem no mundo e é preciso fazer algo com elas. Uma forma é morrerem de fome, pois não há trabalho para todos. Com as novas tecnologias de produção, já não são necessários tantos braços para trabalhar. Então, este excesso de população deve desaparecer. Não porque não possam se alimentar, mas porque dentro do sistema capitalista não geram nem consomem. Portanto, tendem a desaparecer. E um caminho é este, morrerem de fome com este tipo de crise.
IPS: E há outras formas?
JS: Outro caminho é o negócio das prisões, a privatização do sistema penitenciário. Em momento de crise aguda, as pessoas tendem à criminalidade para sua sobrevivência. Daí surgem os roubos e todo tipo de crime, e depois as prisões são privatizadas e se convertem em um negócio rentável. As empresas recebem bônus dos Estados para instalá-las, administrá-las e obter lucro com o trabalho dos presidiários. Isto lembra muito os campos de concentração da Alemanha nazista. Este sistema está esparramado pelo mundo. No Brasil, alguns governos estaduais de direita começam a ensaiar como fazer o processo de privatização de prisões.
IPS: Aí terminam os métodos de extermínio?
JS: Não, a questão das guerras também está associada. Como é possível continuar mantendo guerras, como na República Democrática do Congo, sem uma situação de fome que obrigue as pessoas a se deslocarem e atuar como soldados mercenários. Nesses casos se vê como a fome e os altos preços dos alimentos são usados como armas que obrigam as populações a assumirem condutas determinadas. A isso devemos somar outras formas criminosas, como o tráfico de armas, de drogas, de mulheres e de órgãos humanos. Todos interligados com um mesmo sistema que gera benefícios a poucas empresas.
IPS: Que opinião tem dos tratados de comércio internacional que incluem produtos alimentares?
JS: A Via Camponesa reivindica que alimentos não façam parte dos acordos promovidos pela Organização Mundial do Comércio. Não podem ser considerados uma simples mercadoria. Toda a humanidade precisa de comida e devemos garantir um mínimo para todos, independente de suas condições econômicas. E isso não passa apenas por políticas assistencialistas, como, por exemplo, do fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Passa pela necessidade de dar poder às pessoas a partir de sua própria comunidade para garantir e produzir alimentos. Esta é a soberania alimentar.
IPS: O que espera das negociações da Rodada de Doha promovida pela OMC, com um capítulo dedicado à reforma do comércio agrícola mundial?
JS: Essas negociações não nos incluem. Nos consideram simplesmente uma tendência ao desaparecimento dos camponeses e das camponesas. Mas, a questão é que esse desaparecimento representa o risco de falta de alimentos, porque o agronegócio, as grandes empresas, os que discutem a Rodada de Doha, podem garantir apenas por um período uma quantidade de alimentos, mas sua preocupação é apenas em torno seu próprio lucro.
Por Envolverde/IPS. Foto por http://www.flickr.com/photos/ciat/.
Fonte: http://www.revistaforum.com.br/
Com 375 votos o petista Marco Maia é o novo presidente da Câmara dos Deputados
Notícias
/ Parlamentos
Eleito com 375 votos o deputado Marco Maia (PT/RS) é o novo presidente da Câmara dos Deputados. O petista exaltou em seu discurso, ainda como candidato, o povo brasileiro por ter concedido aos deputados o direito de representá-los. "O povo brasileiro é o motivo de todos estarmos aqui", disse.
Na nova legislatura, o PT é o partido com a maior bancada, 88 ao total. Baseado nisso, Marco Maia defendeu durante toda a campanha, a proporcionalidade para os cargos da Mesa Diretora. “A proporcionalidade é fundamental para a valorização do Parlamento e da democracia brasileira”.
Maia aproveitou ainda para agradecer as declarações de apoio, que somaram 21 partidos. “Esses partidos representam nossa democracia e a força desta Nação. Todos juntos vamos construir uma gestão de diálogo, de transparência e consenso pelo Brasil”. (Ricardo Weg – Portal do PT)
Deputado Marco Maia, novo presindete da Câmara dos Deputados
http://www.pt.org.br/portalpt/
/ Parlamentos
Eleito com 375 votos o deputado Marco Maia (PT/RS) é o novo presidente da Câmara dos Deputados. O petista exaltou em seu discurso, ainda como candidato, o povo brasileiro por ter concedido aos deputados o direito de representá-los. "O povo brasileiro é o motivo de todos estarmos aqui", disse.
Na nova legislatura, o PT é o partido com a maior bancada, 88 ao total. Baseado nisso, Marco Maia defendeu durante toda a campanha, a proporcionalidade para os cargos da Mesa Diretora. “A proporcionalidade é fundamental para a valorização do Parlamento e da democracia brasileira”.
Maia aproveitou ainda para agradecer as declarações de apoio, que somaram 21 partidos. “Esses partidos representam nossa democracia e a força desta Nação. Todos juntos vamos construir uma gestão de diálogo, de transparência e consenso pelo Brasil”. (Ricardo Weg – Portal do PT)
Deputado Marco Maia, novo presindete da Câmara dos Deputados
http://www.pt.org.br/portalpt/
Bancada do PT na Câmara federal promove seminário na próxima semana
A Bancada do PT na Câmara realizará um seminário para tratar de questões políticas e organizacionais nos próximos dias 7 e 8, em Brasília. O seminário vai servir para balizar a atuação da bancada e na continuidade e aprofundamento do projeto do PT e aliados em implementação desde 2003.
O seminário será aberto às 14 horas do dia 7 pelo deputado Marco Maia (PT-RS), que vai falar sobre as perspectivas e desafios para a nova legislatura. Em seguida, falarão o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, os ministros Antônio Palocci (Casa Civil) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais). Ele falarão sobre a conjuntura e os desafios para o Brasil seguir mudando.
No segundo dia, os parlamentares vão se voltar para a discussão de temas relacionados especificamente ao funcionamento da bancada. O líder Paulo Teixeira dará um panorama do funcionamento da liderança e apresentará a nova coordenação da bancada. Serão criadas comissões para organizar e acompanhar o funcionamento da bancada por áreas específicas. Uma comissão pretendida pelo líder será voltada para organizar reuniões da bancada para tratar de temas econômicos, sociais e políticos.
No mesmo dia, os parlamentares do PT vão discutir itens importantes da pauta legislativa, tais como as reformas política e tributária, questões trabalhistas e a PEC para o fim do trabalho escravo.
Fonte: PT Nacional
O seminário será aberto às 14 horas do dia 7 pelo deputado Marco Maia (PT-RS), que vai falar sobre as perspectivas e desafios para a nova legislatura. Em seguida, falarão o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, os ministros Antônio Palocci (Casa Civil) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais). Ele falarão sobre a conjuntura e os desafios para o Brasil seguir mudando.
No segundo dia, os parlamentares vão se voltar para a discussão de temas relacionados especificamente ao funcionamento da bancada. O líder Paulo Teixeira dará um panorama do funcionamento da liderança e apresentará a nova coordenação da bancada. Serão criadas comissões para organizar e acompanhar o funcionamento da bancada por áreas específicas. Uma comissão pretendida pelo líder será voltada para organizar reuniões da bancada para tratar de temas econômicos, sociais e políticos.
No mesmo dia, os parlamentares do PT vão discutir itens importantes da pauta legislativa, tais como as reformas política e tributária, questões trabalhistas e a PEC para o fim do trabalho escravo.
Fonte: PT Nacional
Os desafios da ALEPA e da bancada do PT.
Deputado Carlos Bordalo
Muitos companheiros, amigos, simpatizantes, tem perguntado porque aceitamos compor a mesa diretora da ALEPA, elegendo o deputado Manoel Pioneiro para a presidência da Casa. Ora, por motivos parecidos pelos quais o PSDB compôs a mesa da Câmara Federal, na chapa que elegeu o nosso petista Marco Maia.
Não está mais posto fazer oposição do mesmo jeito que antes. Agora, vamos ter que nos preparar pra comparar o Governo Ana Júlia com o de Simão Jatene e um dos desafios para isso é conquistar o máximo de transparência das contas do governo e nos encaminhamentos da Casa.
Temos que sinalizar para a sociedade não só que somos contra isso ou a favor daquilo, mas que propomos um outro modelo de Assembléia Legislativa, que tenha transparência na tramitação dos projetos, na execução do orçamento, etc.
Uma das nossas lutas, com o deputado Valdir Gnazer na 2a vice-presidência, vai ser pela implantação de um modelo parecido ao do SIAF nacional. Aliás, projeto de minha autoria define justamente esse sentido, de que todos os deputados tenham acesso direto, diário, eletronicamente, aos gastos do governo, rubrica por rubrica. Isso foi, inclusive, objeto de muito tensionamento da antiga oposição, que agora vai testar sua coerência sendo "vidraça". Atualmente, os deputados não tem como acompanhar a execução orçamentária e não podem cumprir sua constitucional função fiscalizadora...
Os "termos" do acordo
O deputado Pioneiro estava com a eleição garantida, uma vez que o PMDB retirou a candidatura do deputado Carmona e declarou voto no PSDB, optando, ao meu ver, por um Legislativo mais submisso ao Executivo. Cabia ao PT decidir participar da mesa e cumprir essas tarefas ou ficar de fora, como se fossemos um partido minúsculo, em busca apenas de visibilidade. Justamente porque faremos uma oposição consistente, não só de festim e demarcações para a foto, é que optamos por entrar na chapa.
Isso nada interfere em nosso projeto e na verdadeira disputa que travaremos ali: sinalizar que nosso modelo de desenvolvimento continua em execução através do governo federal, ainda que de forma insuficiente até que o PT volte ao governar o Pará. Mostrar passo-a-passo, dia-a-dia as contradições de projeto existentes entre o Governo Dilma, o implementado pelo Governo Ana Júlia e a dura realidade do Governo Jatene.
As grandes questões que a ALEPA deve ao Pará
Assim como na Câmara dos Deputados estarão em pauta os grandes compromissos daquela Casa com o povo brasileiro - reforma política, da mídia, tributária, etc - a Assembléia Legislativa do Pará também deverá enfrentar os maiores temas do estado e, sem dúvida, um dos principais é a questão do Macrozoneamento.
Atualmente, existe um impasse produtivo no Pará e cabe à ALEPA adequar a produção florestal, minerária, pecuária e agrícola à legislação ambiental. São os principais itens do PIB paraense, todos com uma imensa pressão devido ao custo ambiental.
Precisamos provar que defender o meio ambiente não significa fome para o povo do Pará. Por isso, temos que avançar no macro e micro zoneamento, legislação indutora da utilização de tecnologias intensivas nas regiões rurais antropizadas e políticas indutoras para a proteção das áreas florestais nativas.
Esses são desafios que constarão também na agenda do meu companheiro deputado federal Beto Faro, que tomou posse ontem, em Brasília, após ser o mais votado do PT paraense.
Fonte: http://bordalo13.blogspot.com/
Muitos companheiros, amigos, simpatizantes, tem perguntado porque aceitamos compor a mesa diretora da ALEPA, elegendo o deputado Manoel Pioneiro para a presidência da Casa. Ora, por motivos parecidos pelos quais o PSDB compôs a mesa da Câmara Federal, na chapa que elegeu o nosso petista Marco Maia.
Não está mais posto fazer oposição do mesmo jeito que antes. Agora, vamos ter que nos preparar pra comparar o Governo Ana Júlia com o de Simão Jatene e um dos desafios para isso é conquistar o máximo de transparência das contas do governo e nos encaminhamentos da Casa.
Temos que sinalizar para a sociedade não só que somos contra isso ou a favor daquilo, mas que propomos um outro modelo de Assembléia Legislativa, que tenha transparência na tramitação dos projetos, na execução do orçamento, etc.
Uma das nossas lutas, com o deputado Valdir Gnazer na 2a vice-presidência, vai ser pela implantação de um modelo parecido ao do SIAF nacional. Aliás, projeto de minha autoria define justamente esse sentido, de que todos os deputados tenham acesso direto, diário, eletronicamente, aos gastos do governo, rubrica por rubrica. Isso foi, inclusive, objeto de muito tensionamento da antiga oposição, que agora vai testar sua coerência sendo "vidraça". Atualmente, os deputados não tem como acompanhar a execução orçamentária e não podem cumprir sua constitucional função fiscalizadora...
Os "termos" do acordo
O deputado Pioneiro estava com a eleição garantida, uma vez que o PMDB retirou a candidatura do deputado Carmona e declarou voto no PSDB, optando, ao meu ver, por um Legislativo mais submisso ao Executivo. Cabia ao PT decidir participar da mesa e cumprir essas tarefas ou ficar de fora, como se fossemos um partido minúsculo, em busca apenas de visibilidade. Justamente porque faremos uma oposição consistente, não só de festim e demarcações para a foto, é que optamos por entrar na chapa.
Isso nada interfere em nosso projeto e na verdadeira disputa que travaremos ali: sinalizar que nosso modelo de desenvolvimento continua em execução através do governo federal, ainda que de forma insuficiente até que o PT volte ao governar o Pará. Mostrar passo-a-passo, dia-a-dia as contradições de projeto existentes entre o Governo Dilma, o implementado pelo Governo Ana Júlia e a dura realidade do Governo Jatene.
As grandes questões que a ALEPA deve ao Pará
Assim como na Câmara dos Deputados estarão em pauta os grandes compromissos daquela Casa com o povo brasileiro - reforma política, da mídia, tributária, etc - a Assembléia Legislativa do Pará também deverá enfrentar os maiores temas do estado e, sem dúvida, um dos principais é a questão do Macrozoneamento.
Atualmente, existe um impasse produtivo no Pará e cabe à ALEPA adequar a produção florestal, minerária, pecuária e agrícola à legislação ambiental. São os principais itens do PIB paraense, todos com uma imensa pressão devido ao custo ambiental.
Precisamos provar que defender o meio ambiente não significa fome para o povo do Pará. Por isso, temos que avançar no macro e micro zoneamento, legislação indutora da utilização de tecnologias intensivas nas regiões rurais antropizadas e políticas indutoras para a proteção das áreas florestais nativas.
Esses são desafios que constarão também na agenda do meu companheiro deputado federal Beto Faro, que tomou posse ontem, em Brasília, após ser o mais votado do PT paraense.
Fonte: http://bordalo13.blogspot.com/
A mensagem de Simão Jatene e a palavra da oposição.
Simão Jatene (PSDB) acaba de levar a mensagem do Governo do Estado do Pará aos deputados na Assembleia Legislativa. Durante a sessão que abriu os trabalhos no Parlamento. Falei representando a oposição e o deputado José Megale pela situação. Um clima de muita serenidade pautou os discursos. Jatene disse que é hora de renegociar algumas dívidas, sem paralisar o Estado, mas ressaltou que o Governo Ana Júlia deixou o Pará com uma capacidade de endividamento elogiável.
De minha parte, iniciei fazendo um breve balanço da gestão da ex-governadora Ana Júlia, destacando que nosso projeto de tornar o Pará mais forte alcançou muito de seus objetivos. Em quatro anos, aumentamos o tamanho da economia, criamos oportunidades e distribuímos renda. Realizamos em todo o Estado milhares de obras e ações voltadas à maioria da população. Tornamos o Pará mais competitivo, reduzindo custos de produção e escoamento, e agregamos ciência e tecnologia a produtos e processos.
E deixei claro como vão funcionar os trabalhos da oposição na Alepa: atenta a todos os atos do Governo, expressando os justos anseios da sociedade, dos movimentos sociais, do funcionalismo público, do setor produtivo, em especial, das classes trabalhadoras do nosso estado. Vamos exercer o direito de debater, criticar, aprovar o que for bom para o povo do Pará e rejeitar o que a nosso juízo representar negação ou redução de direitos, diminuição dos serviços públicos prestados a população, precarização das relações de trabalho e prejuízos à economia do Estado.
E por fim, desejei sucesso ao novo governador, na certeza do progresso e da prosperidade para o povo do Pará. Leia na postagem abaixo a edição completa do meu pronunciamento.
De minha parte, iniciei fazendo um breve balanço da gestão da ex-governadora Ana Júlia, destacando que nosso projeto de tornar o Pará mais forte alcançou muito de seus objetivos. Em quatro anos, aumentamos o tamanho da economia, criamos oportunidades e distribuímos renda. Realizamos em todo o Estado milhares de obras e ações voltadas à maioria da população. Tornamos o Pará mais competitivo, reduzindo custos de produção e escoamento, e agregamos ciência e tecnologia a produtos e processos.
E deixei claro como vão funcionar os trabalhos da oposição na Alepa: atenta a todos os atos do Governo, expressando os justos anseios da sociedade, dos movimentos sociais, do funcionalismo público, do setor produtivo, em especial, das classes trabalhadoras do nosso estado. Vamos exercer o direito de debater, criticar, aprovar o que for bom para o povo do Pará e rejeitar o que a nosso juízo representar negação ou redução de direitos, diminuição dos serviços públicos prestados a população, precarização das relações de trabalho e prejuízos à economia do Estado.
E por fim, desejei sucesso ao novo governador, na certeza do progresso e da prosperidade para o povo do Pará. Leia na postagem abaixo a edição completa do meu pronunciamento.
Deputado Carlos Bordalo.
http://bordalo13.blogspot.com/
Por que temer o espírito revolucionário árabe?
A reação ocidental aos levantes no Egito e na Tunísia frequentemente demonstra hipocrisia e cinismo. A hipocrisia dos liberais ocidentais é de tirar o fôlego: eles publicamente defendem a democracia e agora, quando o povo se rebela contra os tiranos em nome de liberdade e justiça seculares, não em nome da religião, eles estão todos profundamente preocupados. Por que aflição, por que não alegria pelo fato de que se está dando uma chance à liberdade? Hoje, mais do que nunca, o antigo lema de Mao Tsé-Tung é pertinente: "Existe um grande caos abaixo do céu - a situação é excelente". O artigo é de Slavoj Zizek.
Slavoj Zizek
O que não pode deixar de saltar aos olhos nas revoltas Tunísia e Egito é a notável ausência do fundamentalismo islâmico. Na melhor tradição democrática secular, as pessoas simplesmente se revoltaram contra um regime opressivo, sua corrupção e pobreza, e demandaram liberdade e esperança econômica. A sabedoria cínica dos liberais ocidentais - de acordo com os quais, nos países árabes, o genuíno senso democrático é limitado a estreitas elites liberais enquanto que a vasta maioria só pode ser mobilizada através do fundamentalismo religioso ou do nacionalismo - se provou errada.
Quando um novo governo provisório foi nomeado na Tunísia, ele excluiu os islâmicos e a esquerda mais radical. A reação dos liberais presunçosos foi: bom, eles são basicamente a mesma coisa; dois extremos totalitários - mas as coisas são simples assim? O verdadeiro antagonismo de longa data não é precisamente entre islâmicos e a esquerda? Ainda que eles estejam momentaneamente unidos contra o regime, uma vez que se aproximam da vitória, a sua unidade se parte e eles se engajam numa luta mortal, frequentemente mais cruel do que aquela travada contra o inimigo comum.
Nós não testemunhamos precisamente tal luta depois das eleições no Irã? As centenas de milhares de apoiadores de Mousavi lutavam pelo sonho popular que sustentou a revolução de Khomeini: liberdade e justiça. Ainda que esse sonho tenha sido utópico, ele levou a uma explosão de criatividade política e social de tirar o fôlego, experiências de organização e debates entre estudantes e pessoas comuns. Essa abertura genuína, que liberou forças de transformação social então desconhecidas, um momento no qual tudo pareceu possível, foi então gradualmente sufocada pela dominação do controle político e do establishment islâmico.
Mesmo no caso de movimentos claramente fundamentalistas, é preciso ser cuidadoso para não perder de vista o componente social. O Talibã é usualmente apresentado como um grupo fundamentalista islâmico que impõe suas leis pelo terror. No entanto, quando, na primavera de 2009, eles tomaram o Vale de Swat no Paquistão, o The New York Times noticiou que eles arquitetaram "uma revolta de classe que explora profundas fissuras entre um pequeno grupo de ricos donos de terra e seus inquilinos desprovidos de um chão". Se, ao "se aproveitar" dos apuros dos agricultores, o Talibã estava criando, nas palavras do New York Times, "um alerta sobre os riscos ao Paquistão, que permanece sendo largamente feudal", o quê impediu os democratas liberais do Paquistão e dos Estados Unidos de, da mesma forma, "se aproveitarem" desses apuros e de tentarem ajudar os agricultores sem terra? Ocorre de as forças feudais no Paquistão serem aliados naturais da democracia liberal?
A conclusão inevitável a ser delineada é que a ascensão do islamismo radical sempre foi o outro lado do desaparecimento da esquerda secular nos países muçulmanos. Quando o Afeganistão é retratado como sendo o exemplo máximo de um país fundamentalista islâmico, quem ainda se lembra que, há quarenta anos atrás, ele era um país com uma forte tradição secular, incluindo um poderoso partido comunista que havia tomado o poder lá sem dependência da União Soviética? Para onde essa tradição secular foi?
É crucial analisar os eventos em andamento na Tunísia e no Egito (e no Iémen e ... talvez, com esperança, até na Arábia Saudita) em contraste com esse pano de fundo. Se a situação for eventualmente estabilizada de modo ao antigo regime sobreviver, apenas passando por alguma cirurgia cosmética liberal, isso irá gerar um intransponível retrocesso fundamentalista. Para que o legado chave do liberalismo sobreviva, os liberais precisam da ajuda fraternal da esquerda radical. De volta ao Egito, a mais vergonhosa e perigosamente oportunista reação foi aquela de Tony Blair noticiada na CNN: mudança se necessário, mas deverá ser uma mudança estável. Mudança estável no Egito, hoje, só pode significar um compromisso com as forças de Mubarak na forma de ligeiramente alargar o círculo do poder. Este é o motivo pelo qual é uma obscenidade falar em transição pacífica agora: pelo esmagamento da oposição, o próprio Mubarak tornou isso impossível. Depois de Mubarak enviar o exército contra os protestantes, a escolha se tornou clara: ou uma mudança cosmética na qual alguma coisa muda para que tudo continue na mesma, ou uma verdadeira ruptura.
Aqui, portanto, é o momento da verdade: ninguém pode arguir, como no caso da Argélia uma década atrás, que permitir eleições verdadeiramente livres equivale a entregar o poder para fundamentalistas islâmicos. Outra preocupação liberal é de que não existe poder político organizado para tomar o poder caso Mubarak parta. É claro que não existe; Mubarak se assegurou disso ao reduzir a oposição a ornamentos marginais, de forma que o resultado acaba sendo como o título do famoso romance de Agatha Christie, "E Então Não Havia Ninguém". O argumento de Mubarak - é ele ou o caos - é um argumento contra ele.
A hipocrisia dos liberais ocidentais é de tirar o fôlego: eles publicamente defendem a democracia e agora, quando o povo se rebela contra os tiranos em nome de liberdade e justiça seculares, não em nome da religião, eles estão todos profundamente preocupados. Por que aflição, por que não alegria pelo fato de que se está dando uma chance à liberdade? Hoje, mais do que nunca, o antigo lema de Mao Tsé-Tung é pertinente: "Existe um grande caos abaixo do céu - a situação é excelente".
Para onde, então, Mubarak deve ir? Aqui, a resposta também é clara: para Haia. Se existe um líder que merece sentar lá, é ele.
(*) Nota do Tradutor: o título original do livro de Agatha Christie é "And Then There Were None", conhecido aqui no Brasil como "O Caso dos Dez Negrinhos".
Referências feitas pelo autor:
http://www.guardian.co.uk/world/2010/feb/02/iran-mousavi-dictatorship-khameini-protests
http://www.nytimes.com/2009/04/17/world/asia/17pstan.html?_r=1
Fonte: http://www.guardian.co.uk
Traduzido por Henrique Abel para o Diário Liberdade.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17357
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Certidões de antecedentes criminais também passam a ser emitidas via internet
Certidões de antecedentes criminais também passam a ser emitidas via internet a partir desta segunda-feira, 31
Nova facilidade aos usuários evita a presença nos Fóruns Cívil e Criminal e permite a obtenção do documento onde quer que estejam e disponham de computador
(28.01.2011 – 14h33) A partir dessa segunda-feira, 31, o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) passa a oferecer o serviço de emissão de certidões também de antecedentes criminais via internet, superando, assim, uma dificuldade operacional que vinha resultando em filas diárias e aumento da estrutura física e de equipamentos para atendimento no espaço a isso reservado no prédio do Fórum Cívil. O documento relativo ao civil já vinha sendo acessada virtualmente.Com o nova facilidade tecnológica, os usuários poderão emitir a certidão de qualquer lugar e hora, economizando tempo e gastos com deslocamento. Com a certidão online, as filas para obter o documento devem reduzir em até 70%, pois de restringirão somente a quem não dispuser da internet, situação em que terá de ir pessoalmente ao Fórum para solicitá-la, conforme esclarece o secretário de Informática do TJPA, Fábio Cezar Salame da Silva.
A emissão poderá ser feita pelo próprio site do Tribunal (www.tjpa.jus.br), no banner “Certidão”. O sistema, criado pela Secretaria de Informática do TJPA, permite ao usuário emitir a certidão, informando seu nome completo, um número de identificação civil (RG ou CPF) e a filiação. Apenas no caso de homônimos sem o registro de identificação civil, a emissão deverá ser feita pelo Fórum Criminal da cidade do cidadão. O próprio sistema, que cobre todas as comarcas do Estado do Pará (tanto para aquelas que operam no Libra quanto no SAP XXI), informará ao usuário sobre essa necessidade.
A demanda pelas certidões chega, em média, a 300 por dia, necessárias para habilitação a concursos e outras finalidades em que passaram a ser exigidas. Antes da operação desse novo sistema, pelo TJPA, o usuário esperava 48 horas para receber o documento. Com a emissão online, o documento será fornecido na hora, no domicílio do usuário ou, conforme o caso, diretamente no Fórum Criminal, a exemplo do que já é feito no Fórum Civil.
Com mais essa ação, o desembargador Rômulo Ferreira Nunes encerra sua gestão do biênio 2009/2010, marcada pela expansão do Projudi (Justiça Sem Papel) para todos os juizados cíveis administrados pelo TJPA e pela implementação do Libra (Sistema de Gestão de Processos Judiciais) na capital e em várias comarcas do interior. As ações cumprem meta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que estabelece a unificação das tabelas processuais. (Texto: Vanessa Vieira).
FPA seleciona profissional em Educação Online (EAD)
- Fundação Perseu Abramo
A Fundação Perseu Abramo está selecionando profissional em Educação Online (EAD)para atuar no Núcleo de Formação Política.
O (a) profissional deverá estar apto(a) para desempenhar as seguintes tarefas:
Elaboração de plano de implementação, estratégias, metodologias e manutenção do projeto de educação online;
Desenvolvimento, implementação e coordenação de cursos e oficinas no LMS Moodle;
Desenvolvimento de procedimento de uso das tecnologias da informação e comunicação nas atividades desenvolvidas pelo Núcleo do Formação Política - intermediação do uso das tecnologias nos processos formativos;
Manutenção da área de formação no Portal FPA.
Os currículos deverão ser enviados até 10/02/2011 para formacao@fpabramo.org.br, com pretensão salarial para jornada de 30 horas semanais e indicando no assunto CV-EOL-nome do(a) candidato(a).
http://www2.fpa.org.br/blog/fpa-seleciona-profissional-em-educacao-online-ead
Dutra defende que novo Congresso comece a debater reforma política
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou nesta terça-feira (1º) que o governo Dilma está preparado para trabalhar os temas polêmicos com o novo Congresso que toma posse hoje, entre eles o da votação do valor do salário mínimo.
"É claro que hoje a situação é de mais conforto no Congresso, mas sabemos que há matérias que provocam polêmica. Acho que o governo está preparado para enfrentar isso", afirmou.
Dutra saiu em defesa da aprovação da reforma política pelo. Na opinião do presidente do PT, temas como o voto em lista e o voto distrital misto têm que ser discutidos pelo Legislativo.
"A vantagem de se votar a reforma política no primeiro ano do Congresso é porque não estamos no ano da eleição. Mas temos que encontrar caminhos para aperfeiçoá-la. Já se tentou votar em pacote e não se conseguiu."
Dutra confirmou que Dilma vai ao Congresso nesta quarta-feira, durante a abertura dos trabalhos legislativos, para ler mensagem direcionada aos novos parlamentares. "Tenho certeza que a nossa presidente vai explicitar o que espera do Congresso e estabelecer respeito absoluto entre os Poderes. A relação com o Congresso é inerente à própria democracia", afirmou.
No discurso ao Legislativo, Dilma vai explicitar seus compromissos de governo e com o Congresso. O presidente do PT acompanha, nesta terça-feira, a posse dos novos senadores no Congresso.
http://www.construindoumnovobrasil.com.br/
"É claro que hoje a situação é de mais conforto no Congresso, mas sabemos que há matérias que provocam polêmica. Acho que o governo está preparado para enfrentar isso", afirmou.
Dutra saiu em defesa da aprovação da reforma política pelo. Na opinião do presidente do PT, temas como o voto em lista e o voto distrital misto têm que ser discutidos pelo Legislativo.
"A vantagem de se votar a reforma política no primeiro ano do Congresso é porque não estamos no ano da eleição. Mas temos que encontrar caminhos para aperfeiçoá-la. Já se tentou votar em pacote e não se conseguiu."
Dutra confirmou que Dilma vai ao Congresso nesta quarta-feira, durante a abertura dos trabalhos legislativos, para ler mensagem direcionada aos novos parlamentares. "Tenho certeza que a nossa presidente vai explicitar o que espera do Congresso e estabelecer respeito absoluto entre os Poderes. A relação com o Congresso é inerente à própria democracia", afirmou.
No discurso ao Legislativo, Dilma vai explicitar seus compromissos de governo e com o Congresso. O presidente do PT acompanha, nesta terça-feira, a posse dos novos senadores no Congresso.
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"Transformar o século 21 em século da América Latina"
Em sua primeira viagem ao exterior, a presidenta brasileira Dilma Rousseff defendeu, ao lado da presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, o aprofundamento das relações entre os dois países, condição, segundo ela, para "transformar o século 21 em século da América Latina". Em Buenos Aires, Dilma Rousseff encontrou-se com um grupo de Avós da Praça de Maio. Os governos dos dois países assinaram um plano de ação conjunta para cooperação bilateral com objetivo de massificar o acesso à internet em banda larga até 2015, por meio da melhoria na qualidade de conexão e ampliação da disponibilidade do serviço.
Yara Aquino e Sabrina Craide - Agência Brasil
Buenos Aires – Ao lado da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, afirmou que fez questão de eleger o país vizinho como destino para a primeira viagem internacional por considerar que Brasil e Argentina são cruciais para transformar “o século 21 em século da América Latina”.
“E estou falando necessariamente em transformar os povos brasileiro e argentino e também os [demais] da América Latina”, disse Dilma hoje (31) em pronunciamento à imprensa, na Casa Rosada, sede do governo argentino.
O crescimento, aliado à inclusão social dos povos dos países latino-americanos, marcou o discurso das presidentas. Dilma disse se sentir em um momento especial na Argentina e afirmou que os dois países vão aprofundar vínculos para construir um mundo melhor na região.
Cristina Kirchner disse, por sua vez, que as duas mandatárias têm em comum a visão de que a inclusão social deve ter protagonismo na condução das políticas de Estado. “Nós duas achamos que o crescimento e a soberania de uma nação devem ter como protagonista a inclusão social. O crescimento econômico só é bom se atingir a todos por meio da educação, da moradia.”
As presidentas reafirmaram a proximidade entre Brasil e Argentina. Cristina Kirchner lembrou o caminho trilhado pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner (falecido no ano passado) para aprofundar as relações bilaterais. Agora, acrescentou, elas darão continuidade a essas ações.
“Eles constituíram um relacionamento diferente que deu frutos e deve ser aprofundado como falamos na reunião que tivemos a sós. Isso deve significar também o aprofundamento da integração produtiva entre Brasil e Argentina”, afirmou a presidenta argentina. Ao final do discurso, ela ressaltou que a união Brasil e Argentina será ainda maior.
Dilma afirmou que os acordos assinados entre os dois países, durante sua visita a Buenos Aires, reforçam os vínculos já existentes e que a cooperação vai beneficiar o Brasil e a Argentina. “Abrimos um caminho de cooperação para beneficiar as economias argentina e brasileira, a fim de criar uma integração de plataformas produtivas e de construir cada vez mais o bem-estar de nossos países.”
Acordo para massificar acesso à internet
Os governos do Brasil e da Argentina assinaram hoje (31), em Buenos Aires, um plano de ação conjunta para cooperação bilateral com objetivo de massificar o acesso à internet em banda larga até 2015 nos dois países, por meio da melhoria na qualidade de conexão e ampliação da disponibilidade do serviço.
O plano prevê a implantação de dutos para a passagem de cabos e fibra ótica entre os dois países, a integração das estatais de telecomunicações brasileira e argentina (Telebras e Arsat), a associação estratégica na produção de equipamentos e a troca de informações sobre programas e políticas na área industrial que ampliem o acesso a equipamentos.
Os dois países também devem desenvolver em conjunto conteúdos digitais e interativos e trabalhar em parceria para definir mecanismos de financiamento e acesso a crédito para projetos estratégicos na área sejam públicos ou privados.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que integra a comitiva presidencial que está na Argentina, destacou que o acordo garante o desenvolvimento integrado de políticas na área do acesso à internet e a novas tecnologias.
Também foi estabelecida a intenção de criar um Conselho de Alto Nível, que será integrado, do lado brasileiro, pelo Ministério das Comunicações e do lado argentino, pelo Ministério do Planejamento Federal, Investimento Público e Serviços e pela Comissão de Planejamento e Coordenação Estratégica do Plano Nacional de Telecomunicações Argentina Conectada.
Fotos: Telam/ABr
http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm
Yara Aquino e Sabrina Craide - Agência Brasil
Buenos Aires – Ao lado da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, afirmou que fez questão de eleger o país vizinho como destino para a primeira viagem internacional por considerar que Brasil e Argentina são cruciais para transformar “o século 21 em século da América Latina”.
“E estou falando necessariamente em transformar os povos brasileiro e argentino e também os [demais] da América Latina”, disse Dilma hoje (31) em pronunciamento à imprensa, na Casa Rosada, sede do governo argentino.
O crescimento, aliado à inclusão social dos povos dos países latino-americanos, marcou o discurso das presidentas. Dilma disse se sentir em um momento especial na Argentina e afirmou que os dois países vão aprofundar vínculos para construir um mundo melhor na região.
Cristina Kirchner disse, por sua vez, que as duas mandatárias têm em comum a visão de que a inclusão social deve ter protagonismo na condução das políticas de Estado. “Nós duas achamos que o crescimento e a soberania de uma nação devem ter como protagonista a inclusão social. O crescimento econômico só é bom se atingir a todos por meio da educação, da moradia.”
As presidentas reafirmaram a proximidade entre Brasil e Argentina. Cristina Kirchner lembrou o caminho trilhado pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner (falecido no ano passado) para aprofundar as relações bilaterais. Agora, acrescentou, elas darão continuidade a essas ações.
“Eles constituíram um relacionamento diferente que deu frutos e deve ser aprofundado como falamos na reunião que tivemos a sós. Isso deve significar também o aprofundamento da integração produtiva entre Brasil e Argentina”, afirmou a presidenta argentina. Ao final do discurso, ela ressaltou que a união Brasil e Argentina será ainda maior.
Dilma afirmou que os acordos assinados entre os dois países, durante sua visita a Buenos Aires, reforçam os vínculos já existentes e que a cooperação vai beneficiar o Brasil e a Argentina. “Abrimos um caminho de cooperação para beneficiar as economias argentina e brasileira, a fim de criar uma integração de plataformas produtivas e de construir cada vez mais o bem-estar de nossos países.”
Acordo para massificar acesso à internet
Os governos do Brasil e da Argentina assinaram hoje (31), em Buenos Aires, um plano de ação conjunta para cooperação bilateral com objetivo de massificar o acesso à internet em banda larga até 2015 nos dois países, por meio da melhoria na qualidade de conexão e ampliação da disponibilidade do serviço.
O plano prevê a implantação de dutos para a passagem de cabos e fibra ótica entre os dois países, a integração das estatais de telecomunicações brasileira e argentina (Telebras e Arsat), a associação estratégica na produção de equipamentos e a troca de informações sobre programas e políticas na área industrial que ampliem o acesso a equipamentos.
Os dois países também devem desenvolver em conjunto conteúdos digitais e interativos e trabalhar em parceria para definir mecanismos de financiamento e acesso a crédito para projetos estratégicos na área sejam públicos ou privados.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que integra a comitiva presidencial que está na Argentina, destacou que o acordo garante o desenvolvimento integrado de políticas na área do acesso à internet e a novas tecnologias.
Também foi estabelecida a intenção de criar um Conselho de Alto Nível, que será integrado, do lado brasileiro, pelo Ministério das Comunicações e do lado argentino, pelo Ministério do Planejamento Federal, Investimento Público e Serviços e pela Comissão de Planejamento e Coordenação Estratégica do Plano Nacional de Telecomunicações Argentina Conectada.
Fotos: Telam/ABr
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Dilma afirma que não fará concessões em relação a direitos humanos
Em entrevista concedida a jornais argentinos, publicada neste domingo, a presidente Dilma Rousseff afirma que “não fará concessões” nesta área e toca em assunos que o antecessor, Lula, preferiu ignorar. Sobre Cuba, um sinal claro de mudança: “Devemos protestar contra todas as falhas que houver nos direitos humanos em Cuba. Não tenho nenhum problema em dizer se algo vai mal por lá, ou aqui também. Não somos um país sem dívidas com os direitos humanos. Nós as temos”, admitiu.
Dilma também marcou posição sobre outra atrocidade que Lula fingiu não ver. “Creio que apedrejar uma mulher não seja algo adequado”, disse, em referência ao Irã.
Aos jornalistas argentinos, a presidente adiantou que, ao iniciar sua agenda de viagens internacionais pelo país vizinho o governo brasileiro “assume, uma vez mais, um compromisso com o governo argentino de estabelecer políticas e estratégias conjuntas de desenvolvimento para a região”.
O fato de duas mulheres comandarem as principais economias da América do Sul – ela, no Brasil, e Cristina Kirchner, na Argentina – é, para Dilma, um fato a ser festejado. “É algo para se comemorar, uma demonstração de como essas sociedades evoluíram na superação de preconceitos arraigados contra as mulheres”, disse.
Dilma Rousseff e Cristina Kirchner se reúnem na manhã de segunda-feira. Um dos assuntos a ser abordado é a assinatura de um acordo para a construção de um reator nuclear. De acordo com o Clarín, Dilma também deve se encontrar com as Mães e Avós da Praça de Maio, grupo ligado às buscas pelos desaparecidos na ultima ditadura militar.
Câmbio – A presidente foi entrevistada por jornalistas dos três principais jornais argentinos - Clarín, Página 12 e La Nación. Ao falar sobre economia, Dilma afirmou que a taxa de câmbio tem oscilado pouco no Brasil, mas que não se pode descartar uma desvalorização do real no futuro. “No mundo, ninguém pode dizer isso (que a moeda brasileira não vai se desvalorizar)”, disse. “Nos últimos tempos, conseguimos manter o dólar dentro de uma faixa de flutuação. Ou seja, não tivemos nenhum derretimento como se falou por aí. Oscilou todo o tempo entre 1,6 e 1,7 (real por dólar). Agora, ninguém no mundo pode dizer que garante isso (a não desvalorização)", afirmou.
O Brasil vai comandar durante fevereiro o Conselho de Segurança da ONU. A presidência rotativa é alternada entre os 15 integrantes do grupo. O primeiro compromisso agendado desse período de presidência temporária deve ocorrer no próximo dia 11, data de um debate sobre paz, segurança e desenvolvimento, com participação do ministro Antônio Patriota, das Relações Exteriores.
http://www.movimentopt.com.br/
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
PT Pará continua dialogando sobre a eleição da mesa diretora da Assembléia legislativa.
Diante do novo cenário que se esboça a partir da desistência do PMDB em lançar candidatura própria à presidência da Assembléia Legislativa do Pará, o Partido dos Trabalhadores trabalhará com duas alternativas:
1. Buscar a interlocução com todos os partidos com assento na legislatura que se abre a partir do dia 1º de fevereiro e com o candidato a presidente Manuel Pioneiro, visando estabelecer um projeto de fortalecimento do poder legislativo, sua autonomia e a garantia das prerrogativas do exercício do mandato parlamentar, estabelecendo um programa que assegure a modernização do regimento interno; a democratização da definição das pautas de votação; a garantia de pleno funcionamento das comissões e o funcionamento do colégio de líderes, entre outros temas importantes para o fortalecimento do Poder Legislativo.
2. O PT não descarta o lançamento de uma candidatura própria a presidência da Assembléia Legislativa, como já estava previsto nas deliberações anteriores do Partido.
O PT deixa claro que em qualquer circunstância exercerá o papel de oposição atenta, vigilante e republicana ao governo do PSDB, de Simão Jatene.
Fonte: Ascom-PT/Pará
http://www.pt-para.org.br/pt-para-continua-dialogando-sobre-a-eleicao-da-mesa-diretora-da-assembleia-legislativa/
1. Buscar a interlocução com todos os partidos com assento na legislatura que se abre a partir do dia 1º de fevereiro e com o candidato a presidente Manuel Pioneiro, visando estabelecer um projeto de fortalecimento do poder legislativo, sua autonomia e a garantia das prerrogativas do exercício do mandato parlamentar, estabelecendo um programa que assegure a modernização do regimento interno; a democratização da definição das pautas de votação; a garantia de pleno funcionamento das comissões e o funcionamento do colégio de líderes, entre outros temas importantes para o fortalecimento do Poder Legislativo.
2. O PT não descarta o lançamento de uma candidatura própria a presidência da Assembléia Legislativa, como já estava previsto nas deliberações anteriores do Partido.
O PT deixa claro que em qualquer circunstância exercerá o papel de oposição atenta, vigilante e republicana ao governo do PSDB, de Simão Jatene.
Fonte: Ascom-PT/Pará
http://www.pt-para.org.br/pt-para-continua-dialogando-sobre-a-eleicao-da-mesa-diretora-da-assembleia-legislativa/
Posse: 89 deputados do PT assumem mandato na Câmara amanhã
Os 89 deputados federais eleitos pelo PT para exercerem o mandato durante a 54ª legislatura (2011/2014), assumirão o mandato nesta terça-feira (1º). Desse total, nove devem pedir licença do mandato para reassumir cargos, os quais já estavam exercendo, seja no governo federal ou nos governos estaduais.
Caso se confirmem todos os afastamentos previstos e assumam todos os suplentes, a bancada do PT na Câmara dos Deputados passará a contar com 86 parlamentares.
Devem ser empossados e se licenciam em seguida os deputados Afonso Florence (BA), ministro do Desenvolvimento Agrário; Iriny Lopes (ES), ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (PR); Luiz Sérgio (RJ), ministro da Secretaria de Relações Institucionais e Maria do Rosário (RS), ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.
Assumem o mandato e depois se licenciam para ocuparem cargos nos estados, ou no município, Jorge Bittar (RJ), secretário de Habitação do município do Rio de Janeiro; Magela (DF), secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal; Maurício Rands (PE), secretário de Relações Institucionais do Governo de Pernambuco; Paulo Tadeu (DF), secretário de Governo do DF e Zezéu Ribeiro (BA), secretário de Planejamento da Bahia.
Nas vagas dos titulares assumem os suplentes, Emiliano José (BA), no lugar de Afonso Florence; Eliane Rolim (RJ), na vaga de Jorge Bittar; Chico D'ângelo (RJ), no lugar de Luiz Sérgio; Fernando Marroni (RS), na vaga de Maria do Rosário; Roberto Policarpo (DF), no lugar de Paulo Tadeu e Sérgio Barradas Carneiro (BA), na vaga de Zezéu Ribeiro.
Pela legislação eleitoral vigente, alguns deputados eleitos pelo PT, ao pedirem licença, serão substituídos pelos suplentes. Em três casos, os substitutos não pertencem ao partido e sim a outras agremiações participantes da coligação à época das eleições. São os casos de Camilo Cola (PMDB-ES), na vaga de Iriny Lopes; Augusto Carvalho (PPS-DF), no lugar de Magela e Paulo Rubens Santiago (PDT-PE), na vaga de Maurício Rands;
fonte: pt nacional
Caso se confirmem todos os afastamentos previstos e assumam todos os suplentes, a bancada do PT na Câmara dos Deputados passará a contar com 86 parlamentares.
Devem ser empossados e se licenciam em seguida os deputados Afonso Florence (BA), ministro do Desenvolvimento Agrário; Iriny Lopes (ES), ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (PR); Luiz Sérgio (RJ), ministro da Secretaria de Relações Institucionais e Maria do Rosário (RS), ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.
Assumem o mandato e depois se licenciam para ocuparem cargos nos estados, ou no município, Jorge Bittar (RJ), secretário de Habitação do município do Rio de Janeiro; Magela (DF), secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal; Maurício Rands (PE), secretário de Relações Institucionais do Governo de Pernambuco; Paulo Tadeu (DF), secretário de Governo do DF e Zezéu Ribeiro (BA), secretário de Planejamento da Bahia.
Nas vagas dos titulares assumem os suplentes, Emiliano José (BA), no lugar de Afonso Florence; Eliane Rolim (RJ), na vaga de Jorge Bittar; Chico D'ângelo (RJ), no lugar de Luiz Sérgio; Fernando Marroni (RS), na vaga de Maria do Rosário; Roberto Policarpo (DF), no lugar de Paulo Tadeu e Sérgio Barradas Carneiro (BA), na vaga de Zezéu Ribeiro.
Pela legislação eleitoral vigente, alguns deputados eleitos pelo PT, ao pedirem licença, serão substituídos pelos suplentes. Em três casos, os substitutos não pertencem ao partido e sim a outras agremiações participantes da coligação à época das eleições. São os casos de Camilo Cola (PMDB-ES), na vaga de Iriny Lopes; Augusto Carvalho (PPS-DF), no lugar de Magela e Paulo Rubens Santiago (PDT-PE), na vaga de Maurício Rands;
fonte: pt nacional
Comissão Executiva Nacional do PT adiou os encontros setoriais para setembro
Os encontros dos setoriais do PT para a eleição de novas coordenações só deverão ocorrer após a realização do Congresso Nacional Extraordinário do partido previsto para setembro de 2011. Dessa forma ficam prorrogados os mandatos dos atuais dirigentes setoriais até a realização dos respectivos encontros.
A decisão foi tomada na última reunião da Comissão Executiva Nacional, em dezembro do ano passado, já que o Congresso deverá debater e aprovar a reforma do estatuto do PT. Tal decisão deverá ser referendada pelo Diretório Nacional na reunião do dia 10 de fevereiro, em Brasília.
Durante o IV Congresso, realizado em 2010, foi aprovada a criação da Comissão Nacional de Construção, Organização e Reforma do Estatuto, que terá como coordenador o deputado federal Ricardo Berzoini, ex-presidente nacional do PT.
De acordo com a resolução aprovada no IV Congresso, "essa comissão deverá elaborar o projeto de reforma do Estatuto, a ser publicado e divulgado às instãncias em todos os níveis para a apresentação de emendas". (Geraldo Magela - Portal do PT)
Fonte: http://artesquerda.blogspot.com/2011/01/comissao-executiva-nacional-do-pt-adiou.html
A decisão foi tomada na última reunião da Comissão Executiva Nacional, em dezembro do ano passado, já que o Congresso deverá debater e aprovar a reforma do estatuto do PT. Tal decisão deverá ser referendada pelo Diretório Nacional na reunião do dia 10 de fevereiro, em Brasília.
Durante o IV Congresso, realizado em 2010, foi aprovada a criação da Comissão Nacional de Construção, Organização e Reforma do Estatuto, que terá como coordenador o deputado federal Ricardo Berzoini, ex-presidente nacional do PT.
De acordo com a resolução aprovada no IV Congresso, "essa comissão deverá elaborar o projeto de reforma do Estatuto, a ser publicado e divulgado às instãncias em todos os níveis para a apresentação de emendas". (Geraldo Magela - Portal do PT)
Fonte: http://artesquerda.blogspot.com/2011/01/comissao-executiva-nacional-do-pt-adiou.html
Sobre a possibilidade de reintegração de Delúbio Soares ao PT.
No primeiro semestre de 2009, Delúbio Soares, expulso pelo Diretório Nacional do PT, pelos erros cometidos na condução da secretaria de finanças do partido, solicitou em carta ao então presidente Ricardo Berzoini, que fosse apreciada sua refiliação.
O pedido de Delúbio foi acompanhado de movimentos a favor e contra que envolveu dirigentes, lideranças e filiados ao partido.
O primeiro sustentava principalmente que a pena de expulsão teria sido muito “pesada” e que passados quatro anos o ex-tesoureiro já havia pago a sua pena, alguns mais fervorosos na defesa (mas menos numerosos), diziam que não houvera erro algum e que tudo na verdade não havia passado de uma conspiração da oposição e da imprensa golpista.
Na defesa contrária a refiliação, podemos dizer que haviam dois argumentos principais, um que considerava inoportuno o pedido, uma vez que o partido passava por processo de eleições internas e que se preparava para disputa de 2010. E um segundo, mais consistente, que argumentava a não ocorrência de fatos novos que sustentassem o pedido.
Por fim, Delúbio foi aconselhado a retirar o pedido, o que acabou fazendo.
Agora, mais uma vez o tema volta a pauta. O atual secretário de comunicação do partido, André Vargas, tem sido enfático na defesa de Delúbio e chegou a declarar que “nenhum de nós tem condição moral ou política de dizer que ele não pode militar no PT”; provavelmente usando como padrão de comparação suas práticas, já que como se viu no segundo turno das eleições, o secretário é militante de posições contrárias às resoluções e história partidárias.
A discussão sobre a volta ou não de Delúbio Soares aos quadros do PT deve esquentar nos próximos dias, já que o Diretório Nacional se reúne no próximo 10 de fevereiro e um novo movimento de apoio deve surgir.
Eu, como já expressei na primeira ocasião e agora mais recentemente via twitter, sou contra a refiliação do ex-tesoureiro. Para mim, os erros cometidos por Delúbio e outros dirigentes e que nos levaram a maior crise da história do PT, são gravíssimos e como diz o presidente Lula, fez com que a oposição, se aproveitando de nossa fragilidade, cogitasse “uma tentativa de golpe contra o governo”.
Não existe nenhum fato novo que justifique a volta de Delúbio. Passados quase seis anos, diferente de outros dirigentes envolvidos, não houve qualquer auto-crítica quanto aos ocorridos. Além disso, devemos aproveitar este momento no qual a oposição no Congresso Nacional está desarticulada e sem linha de atuação, para produzir uma ofensiva na disputa política no país. Portanto, trazer para nós uma pauta negativa como esta, é mais do que inoportuno, é um erro político.
Publico abaixo artigo do ex-secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, publicado na época do primeiro pedido de refiliação de Delúbio que segue atualíssimo e que sintetiza o porque o PT não deve rever sua posição.
Um pedido ao Delúbio
Delúbio Soares de Castro foi expulso do Partido dos Trabalhadores, em 2005. A expulsão foi aprovada por maioria de votos no Diretório Nacional.
Em 18 de março de 2009, Delúbio Soares dirigiu uma carta ao presidente Ricardo Berzoini, solicitando sua “reintegração” ao Partido. A mesma carta foi enviada a todos os membros do Diretório Nacional do PT, com ampla repercussão na imprensa.
Delúbio Soares tem o direito de pedir reintegração? Sim.
Delúbio Soares fez certo ao encaminhar este pedido diretamente ao presidente nacional do partido? Sim, pois dada a gravidade do caso, seria um erro tentar reintegração disfarçada, através de um diretório de base.
Delúbio Soares deve ser reintegrado ao PT? Não.
Votei pela expulsão de Delúbio Soares. Não acho que expulsões devam ser eternas. Mas tampouco acho que se aplique, no caso, a “progressão automática de pena”, como sugeriu uma dirigente do partido que apóia a reintegração.
Caberia a revisão de pena, através da reintegração, se Delúbio Soares reconhecesse os erros políticos e administrativos que cometeu.
Ele não reconheceu seus erros, na época. Cabe lembrar que, ao contrário de Sílvio Pereira, Delúbio Soares lutou contra sua expulsão, exatamente porque considerava que seus erros não eram de tal monta que fosse cabível sua expulsão.
Ele não reconheceu seus erros posteriormente. E não imagino que os reconheça agora, estando como está em meio a um processo judicial. Sem um reconhecimento dos erros, estaríamos reintegrando o mesmo Delúbio Soares que foi expulso em 2005. Na prática, anulando a pena aplicada.
Um agravante: sua carta, entregue a Berzoini, é de alguém que se julga vítima, não de alguém que se reconhece culpado. Ou seja: Delúbio leva em consideração apenas quem votou contra sua expulsão, desconsiderando os argumentos e os sentimentos dos demais. Não há nenhum fato ou argumento novo, portanto, que justifique mudar a posição da maioria do Diretório Nacional em 2005.
Sendo assim, da mesma maneira e pelos mesmos motivos que votei pela sua expulsão, votarei agora contra sua reintegração. Meu segundo motivo é político: o PT enfrentará em 2010 uma batalha fenomenal pela presidência da República. Venceremos se mantivermos foco na disputa política principal e se garantirmos a unidade partidária. Neste momento e nestas circunstâncias, introduzir o debate sobre a “reintegração” de Delúbio ao PT é fazer o jogo da oposição de direita (PSDB e DEM).
O simples fato de o tema ter sido introduzido no debate público e ocupar o tempo da direção nacional do Partido, com possíveis seqüelas no PED 2009, já é um contratempo para quem deseja manter o foco no principal objetivo do período: vencer em 2010. Ademais, todo mundo sabe que Delúbio Soares não quer voltar ao PT para ser um “militante de base”. Quer voltar para ser candidato às eleições de 2010. Infelizmente, não assume isto na carta que enviou ao presidente do partido.
Portanto, reintegrar Delúbio Soares será fornecer, agora e no próximo ano, farta matéria-prima para os ataques da direita, ajudando a reavivar os ataques lançados contra nós durante a crise de 2005.
Por fim: os militantes de um projeto pessoal só pensam em si mesmos. Mas os militantes de uma causa precisam pensar primeiro nela. As decisões que tomamos, no dia a dia de nossa atuação como dirigentes partidários, são produto de nosso livre arbítrio. Se, produto destas decisões, algum de nós é levado ao “degredo”, não se deve culpar o partido nem a causa por isto.
Assim, para ser conseqüente com o que fala em sua carta a Ricardo Berzoini, a respeito de seu compromisso com a “causa coletiva”, Delúbio Soares deveria retirar seu pedido de reintegração, evitando com isto um desgastante debate público com o qual só a direita tem a ganhar.
Valter Pomar é secretário de Relações Internacionais do PT
(publicado no Portal do PT em março de 2009)
Fonte: Blog do Edu Valdoski
Fonte: http://pagina13.org.br/
I Encontro de Blog´s do Pará. em Fevereiro
PiG é PiG (*) até no Egito
Milton Temer é o único deputado federal a exigir do Banco Central de Fernando Henrique informações (jamais concedidas) sobre Daniel Dantas.
Ele foi o primeiro naquele prédio a perceber que Daniel Dantas era uma ameaça ao sistema político do país.
Hoje, derrotado para o Senado do Rio (com o voto inútil deste inútil blogueiro) transformou-se num implacável twitteiro.
Temer chamou a atenção das redes sociais para o fato de a Globo enviar um repórter ao Cairo para cobrir o vandalismo.
Temer, é o que a Folha (**) faz.
Na primeira página, no alto, “Saques e atos de vandalismo levam pânico ao Cairo”.
“Uma onda de pânico se espalhou pelo Cairo”, inicia o bravo “enviado”.
De “pânico” e júbilo, alegria, fervor, esperança com a queda iminente de um ditador feroz.
O PiG (*) é assim, Temer, PiG (*) até no Cairo.
Cobrir o Egito da perspectiva do vandalismo é o mesmo que dizer que o protagonista do Novo Testamento é Judas.
Agora, amigo navegante, imagine um “enviado” do PiG ao Egito.
Diante dele, a ruína de um sistema pago pelos Estados Unidos – US 1,5 por ano, há 30 anos -, com a finalidade de manter o fluxo do petróleo e a estabilidade do regime de Israel.
(Depois de Israel, o Egito recebe a maior mesada do Tesouro americano.)
Um sistema, portanto, que pressupõe discriminação e perseguição em Gaza e a supressão do Estado Palestino (em boa hora reconhecido pelo Governo Nunca Dantes).
Imagine um representante do PiG chegar ao Cairo e ver diante dos olhos ruir um sistema que formava oficiais superiores das Forças Armadas no Pentágono, em Washington.
Um sistema que podia montar no Egito, com exclusividade, tanques americanos M1A1 Abrams com licença especial.
Um Porto Rico com o Museu do Egito – é o que era o Egito do Mubarak.
(Ou um México, já que a corrupção no sistema Mubarak era um modo de vida.)
O PiG está diante de um impasse.
Ainda não sabe o que os Estados Unidos vão fazer.
A esperança numa “transição ordenada” – como disse a Hillary – não basta para orientar o PiG.
Hillary ainda não sabe até que ponto os islamitas mandarão no novo regime.
Até que ponto serão preservadas as relações com Israel.
Se a Jordânia – outro Porto Rico – vai cair junto.
Com certeza, o que se sabe, é que Mubarak entra para a lista do Xá da Pérsia e do Toni Blair: é uma fria ser poodle dos Estados Unidos.
Fora do poder, o poodle não tem direito nem a água.
Como o Xá da Pérsia com os comunistas, Mubarak vendia a carta “ou eu ou o Bin Laden”.
A verdade é que, enquanto a Al Jazeera cobre o levante popular, a tevê estatal egípcia cobre o vandalismo.
Como o PiG.
Deviam mandar o William Waack para lá.
Seria perfeito, com aquelas mandíbulas mubarakianas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
http://www.conversaafiada.com.br
Ele foi o primeiro naquele prédio a perceber que Daniel Dantas era uma ameaça ao sistema político do país.
Hoje, derrotado para o Senado do Rio (com o voto inútil deste inútil blogueiro) transformou-se num implacável twitteiro.
Temer chamou a atenção das redes sociais para o fato de a Globo enviar um repórter ao Cairo para cobrir o vandalismo.
Temer, é o que a Folha (**) faz.
Na primeira página, no alto, “Saques e atos de vandalismo levam pânico ao Cairo”.
“Uma onda de pânico se espalhou pelo Cairo”, inicia o bravo “enviado”.
De “pânico” e júbilo, alegria, fervor, esperança com a queda iminente de um ditador feroz.
O PiG (*) é assim, Temer, PiG (*) até no Cairo.
Cobrir o Egito da perspectiva do vandalismo é o mesmo que dizer que o protagonista do Novo Testamento é Judas.
Agora, amigo navegante, imagine um “enviado” do PiG ao Egito.
Diante dele, a ruína de um sistema pago pelos Estados Unidos – US 1,5 por ano, há 30 anos -, com a finalidade de manter o fluxo do petróleo e a estabilidade do regime de Israel.
(Depois de Israel, o Egito recebe a maior mesada do Tesouro americano.)
Um sistema, portanto, que pressupõe discriminação e perseguição em Gaza e a supressão do Estado Palestino (em boa hora reconhecido pelo Governo Nunca Dantes).
Imagine um representante do PiG chegar ao Cairo e ver diante dos olhos ruir um sistema que formava oficiais superiores das Forças Armadas no Pentágono, em Washington.
Um sistema que podia montar no Egito, com exclusividade, tanques americanos M1A1 Abrams com licença especial.
Um Porto Rico com o Museu do Egito – é o que era o Egito do Mubarak.
(Ou um México, já que a corrupção no sistema Mubarak era um modo de vida.)
O PiG está diante de um impasse.
Ainda não sabe o que os Estados Unidos vão fazer.
A esperança numa “transição ordenada” – como disse a Hillary – não basta para orientar o PiG.
Hillary ainda não sabe até que ponto os islamitas mandarão no novo regime.
Até que ponto serão preservadas as relações com Israel.
Se a Jordânia – outro Porto Rico – vai cair junto.
Com certeza, o que se sabe, é que Mubarak entra para a lista do Xá da Pérsia e do Toni Blair: é uma fria ser poodle dos Estados Unidos.
Fora do poder, o poodle não tem direito nem a água.
Como o Xá da Pérsia com os comunistas, Mubarak vendia a carta “ou eu ou o Bin Laden”.
A verdade é que, enquanto a Al Jazeera cobre o levante popular, a tevê estatal egípcia cobre o vandalismo.
Como o PiG.
Deviam mandar o William Waack para lá.
Seria perfeito, com aquelas mandíbulas mubarakianas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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FHC quebrou o País três vezes e não tem moral para criticar o PT, diz Ferro.
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), rebateu nesta terça-feira (25) as constantes críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) aos rumos políticos e econômicos do Brasil, sob o comando do Partido dos Trabalhadores e aliados desde 2003.
De acordo com o líder petista, mesmo se a economia brasileira não estivesse tão bem quanto agora, o ex-presidente FHC não era a pessoa mais indicada para proferir qualquer crítica.
"Não podemos esquecer que foi exatamente na era FHC que o País viveu a pior estagnação econômica da história (1996-2003), como conseqüência da política de juros exagerados, que tentava a qualquer custo não arriscar o único trunfo do governo, a estabilização da moeda", lembrou Ferro. "Quem quer os conselhos de um ex-chefe de Estado que vendeu as principais riquezas do País a preço de banana, quebrou o país três vezes e aprofundou as desigualdades sociais e também entre as regiões brasileiras?", perguntou o líder petista.
Em entrevista recente à imprensa internacional, FHC declarou que o "Brasil está sem estratégia" e não investe no desenvolvimento da indústria. "Com declarações tão incoerentes, o ex-presidente FHC se expõe ao rídiculo. Ele (FHC) deveria se conformar com o expressivo desempenho da economia brasileira no governo Lula e parar de achar defeito onde não tem", disse Ferro.
Parafraseando o rei da Espanha, Juan Carlos I, numa reunião da Cúpula Ibero-Americana no Chile, em 2007, Ferro sugeriu que FHC fele menos. "Por que não te calas?", ironizou Ferro, ao criticar a constante necessidade de FHC de buscar notoriedade.
Herança maldita
Em suas declarações, FHC faz questão de dizer que mudou o Brasil, e Ferro observou que ninguém discorda disso,pois, durante o governo FHC, o "patrimônio público foi vendido a preços irrisórios, a dívida pública triplicou como proporção do PIB e o Brasil rastejou perante o FMI, entre outras medidas que afetaram a soberania nacional.
Fonte: Liderança do PT
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